Prédio do Federal Reserve em Washington, EUA, 1º de maio de 2020. REUTERS/Kevin Lamarque (Kevin Lamarque/Reuters)
Da redação, com agências
Publicado em 4 de maio de 2022 às 15h09.
Última atualização em 4 de maio de 2022 às 15h41.
O Federal Reserve (Fed, banco central americano) elevou a taxa de juros dos Estados Unidos em 0,5 ponto percentual (p.p.), para o intervalo entre 0,75% e 1,00% – na maior alta desta magnitude desde 2000.
A aceleração do ciclo de aperto monetário já era esperada pelo mercado. Porém, a inflação roda a 8,5% no acumulado de 12 meses nos Estados Unidos e ainda há grandes incertezas sobre até quanto mais o Fed terá que subir os juros para domar a alta de preços.
O monitor de probabilidades da CME, da Bolsa de Chicago, aponta 88,8% de chance de o juro chegar ao intervalo de 2% e 2,25% já em julho. Para a reunião de setembro, no entanto, as estimativas estão dividas. Enquanto 57,7% dos investidores apostam em mais uma alta de 50 pontos base para 2,50% e 2,75%, 36,3% acreditam na redução do ritmo de ajuste para 25 pontos base.
Segundo o comunicado, o Fed avalia que a inflação nos Estados Unidos continua elevada, refletindo os desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços de energia mais altos e pressões de preços mais amplas, de acordo com comunicado com a decisão de política monetária do banco central.
Na visão dos dirigentes, a invasão da Ucrânia e os eventos relacionados estão criando uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e provavelmente irão pesar sobre a atividade econômica.
Além disso, os bloqueios relacionados à covid-19 na China provavelmente podem exacerbar as interrupções na cadeia de suprimentos.
"O Comitê está altamente atento aos riscos inflacionários", afirma o comunicado.
Com "firmeza adequada na postura política", o Fed espera que a inflação retorne ao seu objetivo, de 2%, e o mercado de trabalho se mantenha forte, indica o documento.