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Europa e China devem impulsionar bolsas de NY

Depois de fechar no segundo maior nível da história na segunda-feira (04), as bolsas caminham para um novo dia de ganhos


	Bolsa de Nova York: às 11h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,40%, o Nasdaq ganhava 0,62% e o S&P 500 registrava valorização de 0,42%
 (REUTERS/Andrew Kelly)

Bolsa de Nova York: às 11h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,40%, o Nasdaq ganhava 0,62% e o S&P 500 registrava valorização de 0,42% (REUTERS/Andrew Kelly)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2013 às 11h59.

Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar esta terça-feira em alta, sinalizam os índices futuros. Depois de fechar no segundo maior nível da história na segunda-feira (04), as bolsas caminham para um novo dia de ganhos, amparadas por notícias positivas de Europa e China e na expectativa de dados do setor de serviços dos Estados Unidos.

Às 11h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,40%, o Nasdaq ganhava 0,62% e o S&P 500 registrava valorização de 0,42%.

O único indicador do dia nos EUA é o índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços, com dados de fevereiro, que será divulgado às 12h (de Brasília). O banco canadense RBC Capital Markets espera que o indicador fique em 54,5, ante 55,2 em janeiro, sinalizando que o setor de serviços segue se recuperando.

No noticiário internacional, repercutiu positivamente em Wall Street o crescimento acima do esperado das vendas do varejo na zona do euro em janeiro. As declarações de líderes europeus de que um pacote de ajuda ao Chipre está a caminho também agradaram.

Na China, depois de medidas para conter a alta no preço dos imóveis provocarem queda nas bolsas mundiais na segunda-feira (04), nesta terça-feira foi o oposto.

As declarações do primeiro-ministro Wen Jiabao, em seu último discurso na abertura do Congresso Nacional do Povo, ajudam a impulsionar a alta dos índices futuros nos EUA nesta manhã. Wen Jiabao disse que a China vai aumentar os gastos e a dívida pública para alcançar um crescimento ao redor de 7,5% neste ano.

Nos EUA, com os dados mais aguardados da economia começando a ser divulgados a partir de quarta-feira (06), os impactos dos cortes automáticos de gastos públicos e a agenda de discussão orçamentária seguem dominando as discussões de economistas e estrategistas e o noticiário.


O economista da consultoria Eurasia, Sean West, avalia que o impacto total desses cortes no orçamento ainda é incerto e que, ao menos no primeiro mês, a economia praticamente não deve ser afetada, pois as agências do governo farão ajustes em seus orçamentos. Um impacto maior é esperado em seguida, após esses ajustes iniciais e o início de redução de despesas.

West ressalta, porém, que os EUA têm que, em meio aos cortes automáticos, endereçar uma agenda orçamentária mais complexa ainda. Até o dia 27 de março, o Congresso precisa renovar a lei que substitui o orçamento federal e determina a distribuição das verbas do governo. Se não houver um acordo entre republicanos e democratas, o governo federal deixará de ser financiado e os serviços públicos dos EUA simplesmente podem parar.

No noticiário corporativo, a maior expectativa do dia é para a apresentação que o presidente do Citigroup, Michael Corbat, fará em uma conferência organizada pelo banco para analistas e investidores. Sua apresentação, a maior desde que tomou posse no comando do Citi, em outubro de 2012, deve começar às 14h45 (de Brasília).

No final do ano passado, o Citi anunciou um programa para cortar cerca de 11 mil funcionários, fechar agências e deixar (ou reduzir) as operações em alguns países. No Oriente Médio, por exemplo, o banco fechou suas operações de fusão e aquisição. No pré-mercado, o papel do Citi tinha alta de 0,72%.

Outra expectativa do dia, desta vez do setor farmacêutico, é uma audiência que a Food and Drug Administration (FDA) fará nesta terça-feira para avaliar um novo medicamento da empresa Novartis para o tratamento da osteoporose. No pré-mercado, o American Depositary Share (ADS) da empresa suíça operava próximo à estabilidade. Na segunda-feira (04), as ações do setor tiveram um dia de ganho em Wall Street, após notícias de que um bebê portador do vírus da aids foi curado.

Na Alemanha, começa nesta terça-feira, em Hannover, uma feira de tecnologia chamada CeBIT, que pode trazer novidades e afetar preços das ações do setor mundo afora, já que várias gigantes de TI vão aparecer no evento. Na mesma feira, a SAP faz reunião com investidores, nesta terça-feira. Ainda em TI, a Hewlett-Packard solta estatísticas sobre tráfego de dados em suas redes.

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