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Emprego nos EUA garante alívio e dólar cai a R$ 1,786

São Paulo - O dado positivo sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos em fevereiro se uniu hoje a um ambiente menos ameaçador na Grécia e garantiu a busca dos investidores por ativos mais rentáveis, como o real e o euro, no mercado de moedas, além das commodities (matérias-primas) e ações. Após dois dias […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - O dado positivo sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos em fevereiro se uniu hoje a um ambiente menos ameaçador na Grécia e garantiu a busca dos investidores por ativos mais rentáveis, como o real e o euro, no mercado de moedas, além das commodities (matérias-primas) e ações. Após dois dias de alta, o dólar comercial caiu 0,33% hoje e fechou as negociações no mercado interbancário de câmbio cotado a R$ 1,786. No acumulado da primeira semana de março, o dólar registra baixa de 1,11%; no ano, acumula alta de 2,47%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista fechou o pregão desta sexta-feira em baixa de 0,37% a R$ 1,7843. O euro comercial ficou estável, a R$ 2,431.

No segmento de câmbio turismo, o dólar subiu 0,16% no dia para R$ 1,873 (venda) e R$ 1,753 (compra), em média. O euro turismo ficou estável a R$ 2,557 (venda) e R$ 2,407 (compra), em média. Na semana, o dólar turismo acumulou queda de 2,30% e o euro turismo, -0,89%.

Reginaldo Galhardo, gerente de moedas da Treviso Corretora de Câmbio, salienta, entretanto, que o Brasil "não é mais ativo de risco, já que tem três notas de grau de investimento, mas atrai pela rentabilidade". Além da alta na moeda brasileira, os números informados pela Bovespa mostram a volta do investidor estrangeiro aos papéis locais. Depois de tirar mais de R$ 1,2 bilhão da bolsa em fevereiro, esses investidores começaram o mês de março recompondo posições. Nos três primeiros dias do mês, o saldo de negociação estava positivo em R$ 688 milhões.

Segundo Galhardo, a taxa de desemprego menor que a esperada nos EUA indica que a economia norte-americana mostra recuperação "lenta, leve, mas constante, ganhando musculatura" e o investidor, que vinha represado nos últimos dias pelas preocupações com a Grécia, se sentiu aliviado hoje para diversificar as aplicações. A taxa de desemprego nos EUA ficou em 9,7% em fevereiro, mesmo nível registrado em janeiro e abaixo da previsão média de economistas consultados pela Dow Jones, que era de alta para 9,8%. Foram cortadas 36 mil vagas em fevereiro, seguindo-se a uma redução de 26 mil em janeiro. Economistas ouvidos pela Dow Jones esperavam corte de 75 mil vagas no mês passado.

No mercado internacional de moedas, o euro ganhou fôlego depois que a Alemanha declarou solidariedade à Grécia e após o primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, reiterar o acordo entre os líderes da União Europeia para que "permanecem prontos para tomar uma ação coordenada e determinada se necessário", afirmou. "Nós devemos permanecer ao lado da Grécia dispostos a ajudar, e não encorajar complicações", disse Angela Merkel, chanceler da Alemanha.

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