Mercados

Eike leva Cirque du Soleil e ação da Time for Fun despenca

Na mínima do dia, papéis da empresa apresentaram queda de 18%

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2012 às 16h17.

São Paulo – O acordo entre a IMX, joint-venture de Eike Batista com a IMG Worldwide, e o Cirque du Soleil, caiu como uma bomba sobre o colo dos acionistas da Time for Fun (SHOW3). Na mínima do dia, os papéis da empresa apresentaram queda de 18%, negociados a 13,70 reais. No ano, contudo, as ações ainda acumulam uma valorização de aproximadamente 20%.

Além do acordo com o grupo canadense, a empresa de Eike anunciou a criação da IMX Arts, que irá operar no Rio de Janeiro – possivelmente no Porto do Rio, como adiantou Lauro Jardim, em sua coluna Radar de Veja.com. O primeiro projeto da nova sociedade será realizado em 2013, em data a ser definida.

“Através desta nova parceria a marca Cirque du Soleil aterrissa no Brasil com toda sua magnitude, potencial de negócios e novos produtos nunca vistos antes por aqui”, disse Alan Adler, CEO da IMX, em evento realizado nesta terça-feira. A possibilidade de um aumento da concorrência sempre era lembrado por analistas das ações da Time for Fun.

Turnês

A T4F já realizou quatro turnês do Cirque du Soleil na América do Sul. Atualmente promove o espetáculo Varekai, com previsão de encerramento em fevereiro de 2013, em Lima no Peru. Além disso, comanda as datas do espetáculo Corteo, cujo início das apresentações está marcado para o início de março, ficando em turnê até o final de 2014.

Sobre essa parceria, o presidente do Cirque du Soleil no Brasil, Daniel Lamarre, disse que o contrato será respeitado. Ele ressaltou, porém, que o acordo não impede que a empresa tenha outros projetos desenvolvidos paralelamente por meio da IMX Arts a partir do ano que vem. A empresa será divida em iguais partes entre o Cirque du Soleil e a IMX.

“O aumento da competitividade, principalmente com a possibilidade de novos players internacionais no mercado brasileiro, é um dos principais fatores de risco para a empresa”, mostra uma análise interna de uma corretora obtida por EXAME.com. Segundo o texto, “o faturamento com as turnês do Cirque du Soleil é expressivo para a empresa”.

A concorrência pode até chegar à bolsa. Adler disse que uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) faz parte dos planos da empresa. "Existe essa possibilidade e sempre foi considerada. Não há prazo, mas há essa ideia", disse.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresCirque du SoleilEike BatistaEmpresáriosEmpresasIMXMMXNegócios de lazer e eventosOSXPersonalidadesTime for Fun

Mais de Mercados

Ibovespa sobe puxado por Petrobras após anúncio de dividendos

Escândalo de suborno nos EUA custa R$ 116 bilhões ao conglomerado Adani

Dividendos bilionários da Petrobras, pacote fiscal e cenário externo: assuntos que movem o mercado

Ação da Netflix tem potencial de subir até 13% com eventos ao vivo, diz BofA