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Dona da MMartan dispara quase 100% na Bolsa em menos de um mês

Investidores acreditam que o corte na taxa de juros irá melhorar os resultados da empresa, que tem boa parte da dívida atrelada ao CDI

Springs Global: alta das ações chamou a atenção da CVM (Reprodução/MMartan)

Springs Global: alta das ações chamou a atenção da CVM (Reprodução/MMartan)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 13h04.

Última atualização em 19 de janeiro de 2017 às 15h53.

São Paulo — A Springs Global, fabricante e varejista de artigos para casa, mesa e banho, começou o ano em disparada na Bolsa. Só nos primeiros 18 dias de 2017, a small cap acumulou ganhos de quase 100%. No mesmo período, o Ibovespa teve alta de 6,5%. Atualmente, as ações da empresa são negociadas na casa dos 9 reais.

A alta no preço dos papéis chamou a atenção da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que pediu explicações à companhia. No começo desta semana, a Springs Global disse que o comportamento dos investidores pode estar relacionado à redução da taxa básica de juros, anunciada na última semana pelo Banco Central (BC).

Para Adeodato Netto, especialista em Mercado de Capitais da Eleven Financial, a tese é válida. Em um cenário de juros mais baixos, diz ele, se beneficiam as companhias que tem boa parte das dívidas atreladas ao CDI, que acompanha a taxa básica de juros.

“É justamente o caso da Springs Global, que tem trabalhado na combinação da estrutura da dívida com a operação, mas que ainda é penalizada com o alto custo de suas obrigações”, explica Netto.

No terceiro trimestre de 2016, a empresa tinha endividamento de 845,1 milhões de reais, sendo que 81,5% da dívida bruta estava atrelada ao CDI.

Consumo

Além da questão da dívida, a decisão do Banco Central também pode influenciar as vendas da Springs Global. Isso porque, com a queda nas taxas, o acesso ao crédito aumenta, assim como o consumo da população.

A companhia é dona das marcas Casa Moysés, Artex e Santista e da rede de lojas MMartan.


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