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Dólar volta a recuar e fecha em baixa de 0,83%, a R$ 3,452

A queda se deu diante de um cenário de grande incerteza no mercado internacional, mas ainda com a percepção de que o quadro interno se mostra mais ameno


	Dólar: a moeda americana abriu com forte alta, de 1,09%, cotado a R$ 3,519, sob o efeito das preocupações com a expressiva queda das bolsas chinesas
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Dólar: a moeda americana abriu com forte alta, de 1,09%, cotado a R$ 3,519, sob o efeito das preocupações com a expressiva queda das bolsas chinesas (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2015 às 17h34.

São Paulo - O dólar à vista voltou a recuar e fechou cotado a R$ 3,452 nesta quinta-feira, 20, com baixa de 0,83% em relação ao real.

A queda se deu diante de um cenário de grande incerteza no mercado internacional, mas ainda com a percepção de que o quadro interno se mostra mais ameno.

A moeda americana abriu com forte alta, de 1,09%, cotado a R$ 3,519, sob o efeito das preocupações com a expressiva queda das bolsas chinesas, declínio dos preços das commodities, tensão na Grécia e dados econômicos americanos.

Enquanto analistas buscavam antever os próximos passos da política monetária dos EUA, o mercado brasileiro acabou por retomar a correção do câmbio vista nos últimos dias, com a desmontagem de posições compradas.

Para a virada para baixo, contribuiu a forte resistência do dólar ao patamar dos R$ 3,50, em um momento em que o cenário político se mostra menos adverso que no mês passado.

Durante todo o dia o mercado operou atento à expectativa de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fosse denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no âmbito da Operação Lava Jato.

A denúncia, concretizada há poucos minutos, é mais um fator de enfraquecimento do deputado, o que favorece o governo. Há expectativa de que Cunha divulgue nota sobre o fato, alegando ser alvo de um "acordão" contra ele.

Outro destaque do dia foi o discurso do diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Tony Volpon, em reunião com investidores em Nova York.

Ele disse que manter a taxa básica de juros no atual nível por um período suficientemente longo é condição necessária para o BC cumprir seu compromisso de trazer a inflação à meta no fim de 2016.

Volpon afirmou ainda que as mudanças de política monetária pelo BC, como ciclo de alta de juros, levarão a uma menor inércia da inflação. Às 16h38, o dólar futuro com vencimento em setembro caía 1,27%, cotado a R$ 3,463.

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