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Dólar volta a R$3,45 com proposta de limite de gastos

Às 13h50, o dólar recuava 0,74%, a 3,4543 reais na venda, após chegar a subir a 3,4965 reais na máxima do dia e cair a 3,4455 reais na mínima da sessão

Dólares: às 13h50, o dólar recuava 0,74%, a 3,4543 reais na venda (Thinkstock/Ingram Publishing)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2016 às 14h04.

São Paulo - O dólar ampliou a queda e voltou ao patamar de 3,45 reais nesta quarta-feira após o governo anunciar que vai propor prazo de vinte anos para a regra de limite do crescimento dos gastos do governo, maior do que o período sugerido em notícias publicadas nos últimos dias.

O recuo também vinha em linha com o movimento nos mercados externos, onde a moeda norte-americana caía enquanto investidores aguardavam a decisão desta tarde do Federal Reserve, banco central norte-americano.

Às 13h50, o dólar recuava 0,74%, a 3,4543 reais na venda, após chegar a subir a 3,4965 reais na máxima do dia e cair a 3,4455 reais na mínima da sessão.

Operadores afirmaram que o baixo volume de negócios acentuava as oscilações da moeda norte-americana. O dólar futuro perdia 0,9%.

"(O limite do crescimento do gasto) é uma medida boa, melhor do que parecia. Agora é preciso ver como o Congresso vai lidar com isso", disse o operador da corretora Renascença Thiago Castellan Castro.

O governo do presidente interino Michel Temer propôs nesta quarta-feira que o crescimento anual dos gastos públicos seja limitado à inflação do exercício anterior pelo período de 20 anos, com possível revisão após 10 anos.

Nesta manhã, notícias sugeriram que o prazo poderia ser muito menor, de apenas seis anos, alimentando preocupações com a possibilidade de o governo ser obrigado a flexibilizar a austeridade fiscal para angariar apoio no Congresso Nacional.

"Pelo jeito, o custo da governabilidade vai amenizar os cortes (de gastos)", disse pela manhã o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

A apreensão local levou o dólar chegou a subir com alguma firmeza pela manhã, mas a moeda voltou a cair em seguida.

O alívio foi influenciado também pelo cenário externo, com a divisa norte-americana recuando em relação a todas as moedas da América Latina antes da decisão do Fed, que será divulgada às 15:00 (horário de Brasília).

Embora não se espere que banco central eleve os juros agora, operadores buscarão no comunicado e nas projeções econômicas pistas sobre quando isso deve acontecer.

O Fed tem ressaltado que o referendo sobre a permanência da Grã-Bretanha na União Europeia vai desempenhar papel importante em sua decisão.

Outro fator que vem trazendo cautela aos mercados locais é o noticiário político brasileiro, que gerou reações mistas nas mesas de câmbio nesta sessão.

Na véspera, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou parecer pela cassação do mandato do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Além disso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki negou a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Alguns operadores afirmaram que o governo Temer mantém sua base de apoio no Congresso Nacional mas, por outro lado, que mais denúncias podem vir à tona.

"O mercado também está esperando com os olhos grudados no terminal para ver se o Cunha vai cair matando e em quem vai mirar", disse o operador de uma corretora nacional.

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São Paulo - O dólar ampliou a queda e voltou ao patamar de 3,45 reais nesta quarta-feira após o governo anunciar que vai propor prazo de vinte anos para a regra de limite do crescimento dos gastos do governo, maior do que o período sugerido em notícias publicadas nos últimos dias.

O recuo também vinha em linha com o movimento nos mercados externos, onde a moeda norte-americana caía enquanto investidores aguardavam a decisão desta tarde do Federal Reserve, banco central norte-americano.

Às 13h50, o dólar recuava 0,74%, a 3,4543 reais na venda, após chegar a subir a 3,4965 reais na máxima do dia e cair a 3,4455 reais na mínima da sessão.

Operadores afirmaram que o baixo volume de negócios acentuava as oscilações da moeda norte-americana. O dólar futuro perdia 0,9%.

"(O limite do crescimento do gasto) é uma medida boa, melhor do que parecia. Agora é preciso ver como o Congresso vai lidar com isso", disse o operador da corretora Renascença Thiago Castellan Castro.

O governo do presidente interino Michel Temer propôs nesta quarta-feira que o crescimento anual dos gastos públicos seja limitado à inflação do exercício anterior pelo período de 20 anos, com possível revisão após 10 anos.

Nesta manhã, notícias sugeriram que o prazo poderia ser muito menor, de apenas seis anos, alimentando preocupações com a possibilidade de o governo ser obrigado a flexibilizar a austeridade fiscal para angariar apoio no Congresso Nacional.

"Pelo jeito, o custo da governabilidade vai amenizar os cortes (de gastos)", disse pela manhã o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

A apreensão local levou o dólar chegou a subir com alguma firmeza pela manhã, mas a moeda voltou a cair em seguida.

O alívio foi influenciado também pelo cenário externo, com a divisa norte-americana recuando em relação a todas as moedas da América Latina antes da decisão do Fed, que será divulgada às 15:00 (horário de Brasília).

Embora não se espere que banco central eleve os juros agora, operadores buscarão no comunicado e nas projeções econômicas pistas sobre quando isso deve acontecer.

O Fed tem ressaltado que o referendo sobre a permanência da Grã-Bretanha na União Europeia vai desempenhar papel importante em sua decisão.

Outro fator que vem trazendo cautela aos mercados locais é o noticiário político brasileiro, que gerou reações mistas nas mesas de câmbio nesta sessão.

Na véspera, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou parecer pela cassação do mandato do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Além disso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki negou a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Alguns operadores afirmaram que o governo Temer mantém sua base de apoio no Congresso Nacional mas, por outro lado, que mais denúncias podem vir à tona.

"O mercado também está esperando com os olhos grudados no terminal para ver se o Cunha vai cair matando e em quem vai mirar", disse o operador de uma corretora nacional.

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