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Dólar tem quinta alta seguida e termina em R$3,70 com cenário externo

O dólar avançou 0,62 por cento, a 3,7012 reais na venda, maior nível desde os 3,7391 reais de 16 de março de 2016

Dólar: foi o quinto pregão em alta, período no qual moeda norte-americana acumulou elevação de 4,39 por cento (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

Dólar: foi o quinto pregão em alta, período no qual moeda norte-americana acumulou elevação de 4,39 por cento (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de maio de 2018 às 17h11.

São Paulo - O dólar não conseguiu sustentar a queda da abertura, em resposta à manutenção da Selic em 6,50 por cento ao ano definida na véspera pelo Banco Central, e terminou mais uma sessão, a quinta seguida, com valorização e na casa de 3,70 reais, o maior nível em mais de dois anos.

O dólar avançou 0,62 por cento, a 3,7012 reais na venda, maior nível desde os 3,7391 reais de 16 de março de 2016. Foi o quinto pregão em alta, período no qual acumulou elevação de 4,39 por cento.

Na máxima do dia, a moeda norte-americana foi a 3,7141 reais, ajudada por um movimento de stop loss. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,70 por cento.

"A decisão do BC foi acertada, mas o dólar está com a dinâmica das moedas lá fora", comentou o analista econômico da gestora Rio Gestão, Bernard Gonin.

No cenário internacional, o dólar subia ante uma cesta de moedas e também divisas de países emergentes, como o peso mexicano e a lira turca.

O rendimento do Treasury dos Estados Unidos de 10 anos também subia e se mantinha acima do nível de 3 por cento nesta sessão, já a 3,10 por cento. Os investidores têm reforçado suas apostas de mais altas de juros no país este ano, depois de dados firmes sobre a economia norte-americana.

Pelo menos no início deste pregão, o dólar chegou a recuar, batendo 3,6438 reais na mínima. O BC surpreendeu na noite passada ao manter a Selic em 6,50 por cento ao ano, contrariando as apostas majoritárias de novo corte de 0,25 ponto percentual.

Mas o movimento durou pouco. Para Gonin, a manutenção da Selic pode não ser suficiente para segurar os recursos aplicados no Brasil diante da perspectiva de alta de juros mais firme este ano nos Estados Unidos.

O BC vendeu a oferta integral de até 4.225 de swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de junho. Dessa forma, já rolou 3,96 bilhões de dólares do total de 5,650 bilhões de dólares que vencem mês que vem.

Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os contratos que vencem no mês que vem.

A autoridade já vendeu 5 mil novos contratos de swap, totalizando 1 bilhão de dólares em quatro dias de leilões.

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