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Dólar tem queda com exterior positivo e de olho em dados dos EUA

Às 10:36, o dólar recuava 0,73%, a 3,9799 reais na venda

Dólar: moeda americana começa o dia em queda nesta sexta-feira (Rick Wilking/Reuters)

Dólar: moeda americana começa o dia em queda nesta sexta-feira (Rick Wilking/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de novembro de 2019 às 09h16.

Última atualização em 1 de novembro de 2019 às 10h40.

São Paulo — O dólar recuava em relação ao real nesta sexta-feira, ficando abaixo dos 4 reais, com uma pausa nas tensões da guerra comercial favorecendo o apetite por risco em meio a dados positivos da indústria da China e um relatório de emprego melhor do que o esperado nos Estados Unidos.

Às 10:36, o dólar recuava 0,73%, a 3,9799 reais na venda.

A moeda norte-americana fechou a sessão anterior em alta de 0,55%, a 4,0091 reais na venda, mas acumulou em outubro a segunda maior queda mensal do ano.

Neste pregão, o dólar futuro de maior liquidez tinha queda de 0,96%, a 3,986 reais.

A guerra comercial prolongada entre Estados Unidos e China parecia dar uma pausa para respirar nesta sexta-feira, com a falta de intensificação nas tensões entre as duas maiores economias do mundo favorecendo as moedas emergentes, mais arriscadas.

"É um movimento externo, com ausência de notícias em relação à guerra comercial, o que beneficia o real", disse Camila Abdelmalack, economista da CM Capital Markets.

Na quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que os EUA e a China anunciarão em breve um novo local onde ele e o presidente chinês, Xi Jinping, assinarão a "fase um" de um acordo comercial após o Chile cancelar uma cúpula planejada para meados de novembro.

Trump não ofereceu detalhes sobre quando uma nova reunião pode ser marcada, mas a Casa Branca disse na quarta-feira que espera finalizar um acordo "dentro do mesmo período de tempo" planejado.

Em outro estímulo ao risco, a criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos desacelerou menos do que o esperado em outubro, enquanto as contratações nos dois meses anteriores foram mais fortes do que o estimado originalmente, oferecendo garantia que os consumidores continuarão a sustentar a economia norte-americana.

Na China, a atividade industrial expandiu inesperadamente no ritmo mais forte em mais de dois anos em outubro, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit divulgada nesta sexta-feira.

"Os dados de emprego dos EUA vieram acima das expectativas do mercado... e dados da China beneficiaram os emergentes e ampliaram a busca por ativos mais arriscados", completou Abdelmalack.

O peso mexicano, par do real, avançava contra a moeda norte-americana, enquanto outras emergentes, como a lira turca e o rand sul-africano tinham leves quedas.

O índice do dólar contra seis moedas rivais rondava a estabilidade, a 97,352.

Nesta sexta-feira, o Banco Central vendeu 500 milhões dos 600 milhões de dólares em moeda spot ofertados, e 10 mil dos 12.000 contratos de swap cambial reverso.

Adicionalmente, a autarquia também ofertará contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento janeiro de 2020.

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