Mercados

Dólar tem leve queda ante o real após dados de emprego nos EUA

Às 9:10, a moeda americana recuava 0,30 por cento, a 3,2885 reais na venda, após ter chegado a 3,2760 reais na mínima do dia

Dólar: investidores mantinham a cautela diante da cena política doméstica ainda conturbada (iStock/Getty Images)

Dólar: investidores mantinham a cautela diante da cena política doméstica ainda conturbada (iStock/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 7 de julho de 2017 às 10h57.

São Paulo - O dólar tinha leve queda nesta sexta-feira, mas ainda rondando o patamar de 3,30 reais, com o mercado reagindo a dados fracos envolvendo o mercado de trabalho nos Estados Unidos, que podem limitar aumentos de juros na maior economia do mundo.

Os investidores, no entanto, mantinham a cautela diante da cena política doméstica ainda conturbada.

Às 9:10, o dólar recuava 0,30 por cento, a 3,2885 reais na venda, após ter chegado a 3,2760 reais na mínima do dia. O dólar futuro recuava 0,36 por cento.

"Mesmo com os dados do 'payroll', ainda vejo o mercado bastante dividido sobre o ritmo de altas de juros do Fed", disse o operador de câmbio da corretora Spinelli José Amado.

Ele se referia a questionamentos no mercado sobre a possibilidade de o Federal Reserve, banco central norte-americano, não cumprir seu plano de elevar os juros mais uma vez neste ano, que ganharam corpo após uma série de indicadores econômicos mistos desde inflação a atividade econômica.

A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos em junho ficou acima do esperado, mas o aumento da renda média por hora, de 0,2 por cento no período, veio abaixo do projetado, mostrando que o mercado de trabalho pode não estar com tanto ímpeto. Com isso, os mercados respiravam um pouco mais aliviados diante das preocupações com estímulos reduzidos dos bancos centrais no exterior.

No exterior, o dólar recuava frente a algumas moedas de países emergentes, como o peso mexicano.

A cena política doméstica também continuava no radar, em meio à pressão cada vez maior dentro do PSDB para deixar a base de apoio do presidente Michel Temer, denunciado por crime de corrupção passiva após delações de executivos do grupo J&F.

Além disso, tem saído notícias de que cresceu a articulação política para que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assuma o comando do país no lugar de Temer. A avaliação do mercado, e isso tem sido precificado nos ativos, é de que a equipe econômica continuaria neste cenário, com foco na agenda de reformas.

O Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio nesta sessão. Em agosto, vencem 6,181 bilhões de dólares em swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMercado financeiroMoedas

Mais de Mercados

Ações da Tesla caem no aftermarket após queda de 45% no lucro do 2º tri

Biden sai e Kamala entra? Como o turbilhão nos EUA impacta as ações americanas, segundo o BTG

Por que Mohamed El-Erian, guru de Wall Street, está otimista com o cenário econômico

Ibovespa fecha em queda de 1% pressionado por Vale (VALE3)

Mais na Exame