Mercados

Dólar tem leve alta à espera do Congresso Nacional

Nesta segunda-feira, o presidente Michel Temer convocou reunião ministerial para acertar a agenda do governo e as votações prioritárias no Congresso

Dólar: "O dólar deve operar mais fraco, podendo mudar seu viés de curto prazo caso haja algum revés nas votações do Legislativo" (Ingram Publishing/Thinkstock)

Dólar: "O dólar deve operar mais fraco, podendo mudar seu viés de curto prazo caso haja algum revés nas votações do Legislativo" (Ingram Publishing/Thinkstock)

R

Reuters

Publicado em 28 de agosto de 2017 às 17h37.

São Paulo - O dólar terminou com leve alta ante o real nesta segunda-feira, em compasso de espera antes de uma agenda intensa nesta semana, com destaque para a votação dos destaques da medida provisória que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP) e das novas metas fiscais, além do relatório do mercado de trabalho nos Estados Unidos.

O dólar avançou 0,25 por cento, a 3,1623 reais na venda. Na mínima, marcou 3,1487 reais e, na máxima, 3,1633 reais. O dólar futuro tinha alta de 0,02 por cento.

"O dólar deve operar mais fraco, podendo mudar seu viés de curto prazo caso haja algum revés nas votações do Legislativo", destacou a Correparti Corretora em relatório, lembrando que agenda ganha força nos próximos dias.

Nesta segunda-feira, o presidente Michel Temer convocou reunião ministerial para acertar a agenda do governo e as votações prioritárias no Congresso durante a semana, já que estará em visita à China.

O objetivo é avançar com as reformas e manter o otimismo dos investidores, que se animaram na semana passada depois que a nova taxa de juros usada pelo BNDES, a TLP, avançou no Congresso --nesta semana ainda devem ser votados os destaques à matéria,que precisa ser apreciada pelo Senado até 7 de setembro, quando a medida provisória perde a validade.

A aprovação em comissão e no plenário da Câmara manteve a expectativa dos investidores de que é possível aprovar alguma reforma da Previdência.

"A reforma da Previdência está atrasada e pode ser diluída, mas não está morta. Não obstante, o governo precisa se mover rápido para aprovar antes do final do ano", comentou o banco BNP Paribas em relatório, ao advertir que cortar os gastos com a Previdência é necessário para endereçar o problema fiscal.

Entre as preocupações do governo está também a votação das novas metas de déficit primário para 2017 e 2018 e o pacote de medidas sobre o funcionalismo apresentado para tentar diminuir o déficit.

A agenda econômica reserva para esta semana os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre do Brasil e o relatório de emprego nos Estados Unidos, ambos na sexta-feira, além do PIB norte-americano, na quarta-feira.

No exterior, o dólar caía ante uma cesta de moedas nesta segunda-feira, mas operava misto ante divisas de países emergentes, com queda ante o peso chileno e alta ante o peso mexicano.

Em meio à agenda esvaziada e o noticiário tranquilo, o dólar teve volume mais fraco nesta sessão, comentaram profissionais das mesas.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCâmbioCongressoDólarGoverno Temer

Mais de Mercados

Nordstrom deixa a Bolsa e dona da Liverpool passa a ser acionista em acordo de US$ 6,25 bi

Orizon cria JV com maior produtora de biometano da América Latina no Rio

Apple se aproxima de marca histórica de US$ 4 trilhões em valor de mercado

Onde investir em 2025: Wall Street aponta os 4 setores mais lucrativos