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Bolsa vira e sobe 1,15%; dólar encerra o mês com alta de 4,6%, a R$ 4,48

Moeda americana teve a mais longa série de aumentos desde 2005, quando subiu por nove pregões consecutivos

Coronavírus: Avanço da epidemia por diversos países levou pânico aos mercados globais na semana (China Photos/Getty Images)

Coronavírus: Avanço da epidemia por diversos países levou pânico aos mercados globais na semana (China Photos/Getty Images)

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Juliana Elias

Publicado em 28 de fevereiro de 2020 às 17h28.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2020 às 18h45.

São Paulo - Após operar no terreno negativo pela maior parte do dia, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, reverteu a tendência nos últimos 15 minutos de pregão e encerrou esta sexta-feira (28) em alta, depois de quatro dias de perdas fortes.

O Ibovespa avançou 1,15% e fechou a 104.171,57 pontos. Durante a manhã, o índice chegou a cair próximo de 2% e voltar à faixa dos 100 mil pontos. Na semana, o Ibovespa acumulou perdas de 8,43%, enquanto, no mês, a queda acumulada é de 8,37%.

O dólar encerrou a sexta-feira (28) em alta de 0,13%, cotado a 4,481 reais, cravando novo recorde nominal. Foi a oitava alta consecutiva - série mais longa de avanços desde 2005. Durante a manhã, o dólar chegou a passar dos 4,51 reais, mas perdeu força ao longo da tarde.

Em fevereiro, a moeda norte-americana avançou 4,56%, maior alta para o mês desde 2015 (+6,2%). Em janeiro de 2020, a moeda já havia disparado 6,8%.

As oito sessões seguidas de aumento do dólar fizeram dos últimos dias o mais longo período de apreciação do câmbio desde 2005, quando foram nove pregões de valorização, entre 7 e 19 de dezembro daquele ano. Ao fim daquela série, o dólar estava em 2,382 reais.

As sessões turbulentas dos últimos dias foram marcadas pela rápida escalada do medo em relação ao avanço da epidemia coronavírus. Apenas na quarta-feira, após dois dias fechada por conta do feriado de Carnaval, o Ibovespa despencou 7%, sua maior queda diária desde o "Joesley day", em maio de 2017.

As esperanças da semana passada de que a doença poderia ser contida na China foram substituídas nos últimos dias por preocupações de que as infecções estejam se espalhando pelo mundo. As medidas para conter o vírus têm abalado as cadeias de suprimentos, a economia mundial e os mercados financeiros.

Não colaboraram as notícias internas - dados do emprego no país divulgados hoje pelo IBGE mostraram avanço no número de contratações, mas uma taxa de desemprego que ainda continua alta para uma economia que tenta há três anos se recuperar de uma recessão. A taxa de desemprego encerrou janeiro em 11,2%, atingindo 11,9 milhões de pessoas.

*Com Reuters

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