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Dólar tem 4ª alta seguida e termina no maior preço do mês

No fechamento da sessão regular, o dólar terminou a R$ 3,9450, em alta de 1%, o maior nível desde 1º de outubro

Dólar: com tudo isso, os cálculos que circulam no mercado são de que o déficit fiscal poderia atingir algo em torno de R$ 70 bilhões neste ano (Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2015 às 16h40.

São Paulo - O dólar operou em alta durante toda a sessão desta quarta-feira, 21, influenciado pelo exterior e também pela discussão em torno da meta fiscal.

No fechamento da sessão regular, o dólar terminou a R$ 3,9450, em alta de 1%, o maior nível desde 1º de outubro. Foi a quarta alta seguida, período em que acumulou 3,82%.

Na mínima do dia, a moeda marcou R$ 3,9180 e, na máxima, R$ 3,9640. No mês, acumula baixa de 0,73% e, no ano, alta de 48,59%. No mercado futuro, a moeda para novembro operava em alta de 0,84%, a R$ 3,9555.

A discussão em torno da meta fiscal permeou os negócios nesta sessão. A junta orçamentária se reuniu nesta tarde para decidir qual será a nova meta deste ano, já que as receitas previstas não serão atingidas.

Além disso, o governo tem a incumbência imposta pelo Tribunal de Contas da União ( TCU ) de zerar a conta das pedaladas, algo em torno de R$ 40 bilhões.

Com tudo isso, os cálculos que circulam no mercado são de que o déficit fiscal poderia atingir algo em torno de R$ 70 bilhões neste ano.

A leitura no mercado cambial é de que se o governo rever a meta fiscal deste ano e projetar forte déficit crescem os riscos de perda do investment grade pelo Brasil.

A eventual mudança de meta para 2016 também é tema delicado no mercado. O governo pretende manter a previsão de superávit de 0,7% do PIB, número que contabiliza a CPMF.

Nesta tarde, no entanto, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já avisou que o Brasil não vai ter "Natal com CPMF".

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, quer parcelar a fatura das pedaladas. O temor é de que o pagamento à vista antecipe o downgrade brasileiro, em que o País perderia o investment grade por uma segunda agência de rating.

Mas os auditores do TCU e alguns ministros da Corte dizem ser impossível o parcelamento e a decisão final pode ser a de que a conta terá que ser paga de uma única vez.

Governo e TCU, agora, negociam o que deverá ser feito. E tudo deve ser definido até sexta-feira, que é quando o governo espera ter definida a nova meta.

No exterior, dados mostrando a desaceleração das exportações do Japão voltaram a colocar no foco as preocupações com a China, um dos principais importadores de produtos japoneses. Isso penalizou as moedas de países emergentes e exportadores de commodities desde cedo, incluindo o real.

Os dados do fluxo cambial não chegaram a influenciar as cotações. Segundo o Banco Central, o fluxo cambial em outubro até o dia 16 ficou negativo em US$ 1,356 bilhão. Apenas na semana de 13 a 16 de outubro, o resultado foi positivo em US$ 263 milhões.

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São Paulo - O dólar operou em alta durante toda a sessão desta quarta-feira, 21, influenciado pelo exterior e também pela discussão em torno da meta fiscal.

No fechamento da sessão regular, o dólar terminou a R$ 3,9450, em alta de 1%, o maior nível desde 1º de outubro. Foi a quarta alta seguida, período em que acumulou 3,82%.

Na mínima do dia, a moeda marcou R$ 3,9180 e, na máxima, R$ 3,9640. No mês, acumula baixa de 0,73% e, no ano, alta de 48,59%. No mercado futuro, a moeda para novembro operava em alta de 0,84%, a R$ 3,9555.

A discussão em torno da meta fiscal permeou os negócios nesta sessão. A junta orçamentária se reuniu nesta tarde para decidir qual será a nova meta deste ano, já que as receitas previstas não serão atingidas.

Além disso, o governo tem a incumbência imposta pelo Tribunal de Contas da União ( TCU ) de zerar a conta das pedaladas, algo em torno de R$ 40 bilhões.

Com tudo isso, os cálculos que circulam no mercado são de que o déficit fiscal poderia atingir algo em torno de R$ 70 bilhões neste ano.

A leitura no mercado cambial é de que se o governo rever a meta fiscal deste ano e projetar forte déficit crescem os riscos de perda do investment grade pelo Brasil.

A eventual mudança de meta para 2016 também é tema delicado no mercado. O governo pretende manter a previsão de superávit de 0,7% do PIB, número que contabiliza a CPMF.

Nesta tarde, no entanto, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já avisou que o Brasil não vai ter "Natal com CPMF".

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, quer parcelar a fatura das pedaladas. O temor é de que o pagamento à vista antecipe o downgrade brasileiro, em que o País perderia o investment grade por uma segunda agência de rating.

Mas os auditores do TCU e alguns ministros da Corte dizem ser impossível o parcelamento e a decisão final pode ser a de que a conta terá que ser paga de uma única vez.

Governo e TCU, agora, negociam o que deverá ser feito. E tudo deve ser definido até sexta-feira, que é quando o governo espera ter definida a nova meta.

No exterior, dados mostrando a desaceleração das exportações do Japão voltaram a colocar no foco as preocupações com a China, um dos principais importadores de produtos japoneses. Isso penalizou as moedas de países emergentes e exportadores de commodities desde cedo, incluindo o real.

Os dados do fluxo cambial não chegaram a influenciar as cotações. Segundo o Banco Central, o fluxo cambial em outubro até o dia 16 ficou negativo em US$ 1,356 bilhão. Apenas na semana de 13 a 16 de outubro, o resultado foi positivo em US$ 263 milhões.

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