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Dólar sobe e vai a R$3,26 com menor otimismo sobre Previdência

Às 10:22, o dólar avançava 0,70%, a 3,2627 reais na venda, depois de bater 3,2642 reais na máxima do dia

Dólar: além da Previdência, a formação da Ptax de final de mês também influenciava na formação de preços (Gary Cameron/Reuters)

Dólar: além da Previdência, a formação da Ptax de final de mês também influenciava na formação de preços (Gary Cameron/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de novembro de 2017 às 10h45.

Última atualização em 30 de novembro de 2017 às 10h50.

São Paulo - O dólar operava em alta nesta quinta-feira e já no patamar de 3,26 reais, dando continuidade à trajetória da véspera com menor otimismo do mercado sobre a votação da reforma da Previdência em breve.

Às 10:22, o dólar avançava 0,70 por cento, a 3,2627 reais na venda, depois de bater 3,2642 reais na máxima do dia. O dólar futuro subia cerca de 0,50 por cento.

"A incerteza cada vez maior sobre a votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados este ano tende a manter os investidores locais na defensiva", trouxe a Advanced Corretora em relatório.

Na véspera, os investidores começaram a reduzir seu otimismo com a possibilidade de votação da reforma depois que o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que o governo não via mais possibilidade de fazer novas concessões no atual texto.

O ministro disse ainda que o PSDB havia deixado a base aliada do governo. Era justamente a percepção de que a legenda ajudaria o presidente Michel Temer a tirar a reforma do papel que sustentou o bom humor dos mercados nos últimos dias.

"O fiel da balança está sendo o PSDB. O partido tem um peso grande e acabou gerando um problema ao governo", disse o economista-chefe da gestora Infinity, Jason Vieira.

O governo não tem os votos suficientes na Câmara dos Deputados para garantir vitória na reforma da Previdência e tem se esforçado para angariar apoio político, mas sem sucesso até agora.

Além da Previdência, a formação da Ptax de final de mês, taxa do Banco Central usada para corrigir diversos contratos cambiais, também influenciava na formação de preços, segundo profissionais.

Como pano de fundo, o mercado estava de olho na possível votação da reforma tributária do presidente Donald Trump no Senado dos Estados Unidos. Também pesava a cautela sobre a política monetária do país e futuras altas nas taxas de juros.

Por isso, O dólar subia ante uma cesta de moedas nesta sessão.

O mercado também já se preparava para a volta do BC brasileiro ao mercado de câmbio para rolar os swaps cambiais, contratos que se assemelham à venda futura de dólares, que vencem em janeiro, no valor equivalente a 9,638 bilhões de dólares. Em novembro e em dezembro, não houve vencimentos e, por isso, o BC ficou de fora do mercado.

Atualmente, segundo dados da autoridade monetária, o estoque total dos swaps estava em 23,794 bilhões de dólares.

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