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Dólar sobe após Trump prometer mudanças em impostos

Internamente, o mercado passou o dia atento ao cenário político, com a perspectiva de ingresso de recursos externos contendo a pressão compradora

Dólar: o dólar avançou 0,33%, a 3,1299 reais na venda, depois de marcar 3,1343 reais na máxima do dia (leviticus/Thinkstock)

Dólar: o dólar avançou 0,33%, a 3,1299 reais na venda, depois de marcar 3,1343 reais na máxima do dia (leviticus/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 17h19.

São Paulo - O dólar fechou em alta ante o real nesta quinta-feira, acompanhando o movimento no exterior após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que fará anúncio sobre impostos em breve.

Internamente, o mercado passou o dia atento ao cenário político, com a perspectiva de ingresso de recursos externos contendo a pressão compradora durante a sessão.

O dólar avançou 0,33 por cento, a 3,1299 reais na venda, depois de marcar 3,1343 reais na máxima do dia. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,30 por cento no final da tarde.

No acumulado dos quatro pregões anteriores, o dólar havia registrado apenas ligeira baixa de 0,07 por cento ante a moeda brasileira.

"O dólar passou o dia de olho no noticiário político (nacional), mas a guinada que se traduziu em uma alta mais consistente (do dólar) veio com Trump", comentou um profissional da mesa de câmbio de uma corretora local.

Segundo ele, se de fato o presidente norte-americano implementar as esperadas medidas de estímulo, pode atrair para os Estados Unidos recursos hoje aplicados em outras praças, como a brasileira.

Trump impulsionou o dólar ante uma cesta de moedas nesta tarde depois de prometer anúncio "fenomenal" sobre impostos em questão de semanas, durante reunião com executivos de empresas aéreas na Casa Branca.

Internamente, o dólar passou boa parte do dia com leves variações frente ao real, com investidores cautelosos pela cena política brasileira.

O destaque foi a notícia, na noite passada, de que a Polícia Federal concluiu inquérito que investigou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no âmbito da operação Lava Jato e apontou indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O temor no mercado era de que, com isso, votações de importantes projetos ao governo sejam atrapalhadas no Congresso Nacional, como a reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas em ordem.

"Essas questões geram apreensão mas, por ora, o contexto geral de Brasil está melhor e dá segurança para o investidor aportar aqui", avaliou mais cedo o economista-chefe da gestora Infinity Asset, Jason Vieira.

A perspectiva de entrada de mais recursos externos, depois de várias captações de empresas no país terem saído do papel, tem ajudado a evitar altas mais consistentes do dólar frente ao real nos últimos dias.

O Banco Central brasileiro continuou sem anunciar qualquer intervenção no mercado de câmbio.

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