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Dólar sobe ante real com exterior; pesquisa eleitoral XP suaviza alta

Às 10:19, o dólar avançava 0,54 por cento, a 4,0935 reais na venda, depois de terminar a véspera com o menor preço em quase um mês, a 4,0717 reais

NOTAS DE DÓLAR: na próxima semana, novas pesquisas são aguardadas, entre elas a do Ibope na segunda-feira (Alex Wong/Getty Images)

NOTAS DE DÓLAR: na próxima semana, novas pesquisas são aguardadas, entre elas a do Ibope na segunda-feira (Alex Wong/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 21 de setembro de 2018 às 11h48.

Última atualização em 21 de setembro de 2018 às 12h19.

São Paulo - O dólar subia ante o real nesta sexta-feira, com uma tentativa de correção após recuar 1,70 por cento nos dois pregões anteriores sob influência do mercado internacional, em dia de queda de divisas emergentes.

Mais cedo, a moeda caiu à mínima de 4,0602 reais, influenciada por mais uma pesquisa de intenção de votos reforçando Fernando Haddad (PT) na segunda colocação e maior força de Jair Bolsonaro (PSL), no segundo turno. O preço da moeda, no entanto, atraiu compradores.

Às 10:19, o dólar avançava 0,54 por cento, a 4,0935 reais na venda, depois de terminar a véspera com o menor preço em quase um mês, a 4,0717 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,33 por cento.

"Pesquisa XP deu uma animada, principalmente em relação ao segundo turno. Mas não há espaço para a moeda cair abaixo de 4,05 reais. Há uma resistência, atrai compradores", comentou a diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares.

Levantamento semanal da XP Corretora/Ipespe com as intenções de votos à Presidência da República mostrou que Bolsonaro segue na liderança, com 28 por cento das intenções de votos, ante 26 por cento antes, enquanto Haddad está na segunda colocação, com 16 por cento (11 por cento antes). Ciro Gomes (PDT), que na pesquisa anterior tinha 12 pontos, oscilou para 11 pontos.

No segundo turno, Bolsonaro tem 41 por cento das intenções e votos, um ponto a mais do que no levantamento anterior, enquanto Haddad se manteve com 38 por cento. Além disso, o levantamento mostrou que a rejeição de Haddad é de 60 por cento, maior do que a de Bolsonaro, de 57 por cento.

"Ainda é tudo muito incerto... De todo o modo, acho que a governabilidade do país será complicada no próximo governo, seja quem for eleito", acrescentou Miriam.

Na próxima semana, novas pesquisas são aguardadas, entre elas a do Ibope na segunda-feira.

Na abertura, o dólar tentou engatar uma correção ao recuo de 1,70 dos dois últimos pregões ajudado pelo exterior, em dia de alta da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes. Chegou a ir até a máxima de 4,0901 reais, mas acabou voltando com as pesquisas.

O dólar também subia ante a cesta de moedas fortes, em dia de destaque para o recuo da libra, depois que líderes da União Europeia alertarem a primeira-ministra Theresa May que estão prontos para um não-acordo Brexit se ela não ceder terreno no comércio e na fronteira irlandesa até novembro.

Em pronunciamento, May declarou que é melhor ficar sem acordo do que fazer acordo ruim com UE sobre Brexit e que o Reino Unido vive "impasse" nas negociações.

O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão leilão de até 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de outubro, no total de 9,801 bilhões de dólares.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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