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Dólar sobe 1,15% e volta a se aproximar de R$3,15

Na terça-feira, a moeda norte-americana cedeu 0,46 por cento, a 3,1065 reais, e terminou no menor nível desde 2 de julho de 2015

Dólar: "O preço do dólar estava num nível atrativo e chamou compras" (Getty Images)
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Reuters

Publicado em 26 de outubro de 2016 às 17h26.

São Paulo - O dólar terminou com alta superior a 1 por cento ante o real, num movimento de correção depois de dois dias de quedas terem levado a moeda norte-americana para o nível de 3,10 reais por conta de forte entrada de recursos externos.

O cenário externo também influenciou o movimento no câmbio.

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Odólaravançou 1,15 por cento, a 3,1423 reais na venda, depois de bater 3,1540 reais na máxima do dia e 3,1150 reais na mínima. Odólarfuturo avançava 0,82 por cento, no final desta tarde.

"O preço dodólarestava num nível atrativo e chamou compras. Até porque a virada do mês está próxima e o fluxo pode diminuir", comentou o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Na terça-feira, a moeda norte-americana cedeu 0,46 por cento, a 3,1065 reais, e terminou no menor nível desde 2 de julho de 2015, queda mais contida do que a perda de 1,26 por cento vista na sessão anterior.

"O Banco Central informou que não pretende rolar integralmente o swap de novembro. Isso conteve o recuo dodólarna véspera, com o mercado vendo um sinal de que o nível confortável da autoridade estaria ao redor de 3,10 reais", comentou mais cedo o diretor da mesa de câmbio da corretora Multi-Money, Durval Correa.

Na noite de segunda-feira, o BC informou que não anularia integralmente os swaps tradicionais --equivalente à venda futura dedólares-- com vencimento em 1º de novembro diante do forte fluxo positivo esperado com a regularização de recursos brasileiros no exterior, cujo prazo termina em 31 de outubro.

O BC vendeu nesta manhã integralmente os 5 mil contratos de swap cambial reverso, equivalente à compra futura dedólares e que tem sido usado para reduzir o estoque de swap tradicional. Do total, nenhum contrato para 1º de novembro foi vendido.

O mercado tinha expectativa de que o ingresso de fluxo de recursos poderia inverter a trajetória da moeda ao longo do dia, mas não foi o que aconteceu.

O movimento comprador falou mais alto sessão e acabou ofuscando a entrada de recursos externos.

Na véspera, o BC informou que houve entrada líquida de quase 1,6 bilhão dedólares na conta financeira ---por onde passam investimentos diretos, em portfólio e outros-- só nos últimos três dias até o dia 21 passado por conta do programa de regularização.

No mês, o fluxo cambial total estava positivo em 2,531 bilhões dedólares.

O exterior também ajudou na alta dodólarfrente ao real neste pregão. A moeda norte-americana subia frente a outras divisas emergentes, como o rand sul-africano, o peso mexicano e a lira turca.

Os investidores estavam à espera de definições da política monetária e eleições nos Estados Unidos.

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, reúne-se nos próximos dias 1º e 2 de novembro, embora o mercado aposte que a elevação da taxa básica do país deverá acontecer apenas em dezembro. No dia 8 do mesmo mês, acontece a eleição presidencial do país.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarFed – Federal Reserve System

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