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Dólar sobe ante real com cenário político e Levy no radar

Às 10:37, o dólar avançava 0,57 por cento, a 3,9115 reais na venda, após atingir 3,9411 reais na máxima da sessão


	Dólares: às 10:37, o dólar avançava 0,57 por cento, a 3,9115 reais na venda, após atingir 3,9411 reais na máxima da sessão
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Dólares: às 10:37, o dólar avançava 0,57 por cento, a 3,9115 reais na venda, após atingir 3,9411 reais na máxima da sessão (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 09h52.

São Paulo -  O dólar operava em alta ante o real nesta sexta-feira, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) dar mais fôlego à presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment e em meio aos crescentes rumores sobre a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Às 10:37, o dólar avançava 0,57 por cento, a 3,9115 reais na venda, após atingir 3,9411 reais na máxima da sessão.

Na véspera, o STF deu fôlego à presidente ao acatar as principais teses do governo sobre o rito do processo de impeachment e dar ao Senado o poder de rejeitar a instauração do impedimento, além de obrigar a Câmara dos Deputados a refazer a eleição da comissão especial que analisará o tema, com voto aberto e sem apresentação de chapas avulsas.

De uma maneira geral, o mercado tem reagido bem às notícias que apontam na direção da saída da presidente, com a expectativa de que uma mudança no governo ajudaria a avançar nas medidas necessárias para o ajuste fiscal.

Desta forma, as indicações favoráveis à permanência da presidente têm sido recebidas de forma mais negativa por receios de que o país demore ainda mais para tomar as medidas necessárias para sair da crise.

"Para nós, todo o processo de impeachment é negativo para o Brasil por ser uma distração que vai atrasar os ajustes fiscais", disseram os analistas do grupo financeiro Brown Brothers Harriman, em nota a clientes.

Outro assunto no radar dos investidores nesta sessão era os crescentes rumores sobre a saída de Levy da Fazenda. O ministro teria dado sinais de que está perto de deixar o governo, segundo reportagens publicadas na mídia. Um dos prováveis substitutos seria o atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.

A saída de Levy não é bem recebida pelo mercado, uma vez que o ministro é um dos maiores defensores do ajuste fiscal dentro do atual governo, enquanto o ministro Barbosa é visto como mais alinhado à presidente Dilma, com menos compromisso com o aperto nas contas públicas.

"A saída de Levy complica ainda mais o ajuste fiscal porque o mercado começa a ver que pode entrar um político nesse ministério... que não tenha peito para enfrentar todas as dificuldades", disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

O Banco Central dará continuidade, nesta manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

Texto atualizado às 10h52

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