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Dólar salta cerca de 1% com aversão ao risco global

Às 10:00, o dólar avançava 0,96%, a 3,7758 reais na venda, depois de terminar a véspera em alta de 0,27%, a 3,74 reais

Máxima: na máxima, a moeda subiu 1,22 por cento, a 3,7855 reais, logo após a abertura. O dólar futuro tinha elevação de cerca de 0,75 por cento (Ricardo Moraes/Reuters)

Máxima: na máxima, a moeda subiu 1,22 por cento, a 3,7855 reais, logo após a abertura. O dólar futuro tinha elevação de cerca de 0,75 por cento (Ricardo Moraes/Reuters)

São Paulo - O dólar operava com alta firme ante o real nesta terça-feira, diante do recrudescimento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China após nova ameaça de mais tarifas comerciais pelo presidente norte-americano, Donald Trump, e retaliação de Pequim.

Às 10:00, o dólar avançava 0,96 por cento, a 3,7758 reais na venda, depois de terminar a véspera em alta de 0,27 por cento, a 3,74 reais.

Na máxima, a moeda subiu 1,22 por cento, a 3,7855 reais, logo após a abertura. O dólar futuro tinha elevação de cerca de 0,75 por cento.

"A China teria de impor tarifas sobre tudo o que comprasse dos EUA para manter essa resposta na mesma medida. Mas ela tem outras ferramentas que poderia usar, incluindo pressionar diretamente as empresas norte-americanas que operam na China", afirmou a empresa de pesquisas macroeconômicas Capital Economics (CE) em relatório.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor tarifa de 10 por cento sobre 200 bilhões em bens chineses e Pequim alertou que irá retaliar, em um rápido agravamento do conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo.

O Ministério do Comércio da China disse que Pequim vai reagir com medidas "qualitativas" e "quantitativas" se os EUA publicarem uma lista adicional de tarifas sobre bens chineses.

O aumento da retórica entre os dois países trouxe um forte movimento de aversão ao risco que içou o dólar ante a grande maioria das moedas no exterior, subindo ante a cesta e ante divisas de emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

Internamente, o mercado trabalha de olho no exterior mas também sob a expectativa de atuação do Banco Central por meio de swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura dedólares.

"Se essa aversão (ao risco) se mostrar exagerada por aqui, o BC deve aproveitar sua comunicação recente e dosar as ofertas de swap de acordo com a necessidade, sendo que – a priori – ainda tem 9 bilhões de dólares dos 10 bilhões de dólares sinalizados para ofertar ao mercado nesta semana", lembrou a corretora H.Commcor em relatório.

Na véspera, o BC fez apenas um leilão de novos contratos de swap cambial, com 20 mil contratos, injetando 1 bilhão de dólares no sistema. Para esta terça-feira, por ora, ainda não anunciou nenhuma intervenção, apenas a oferta de até 8.800 contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento de julho.

 

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