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Dólar cai com atenções voltadas para pautas econômicas no Congresso

Às 12:20, o dólar recuava 0,64%, a 3,8597 reais na venda

Câmbio: dólar caía ante o real nesta terça-feira (Pixabay/Reprodução)

Câmbio: dólar caía ante o real nesta terça-feira (Pixabay/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 11 de junho de 2019 às 09h27.

Última atualização em 11 de junho de 2019 às 12h33.

São Paulo — O dólar caía ante o real nesta terça-feira, com atenções voltadas para a tramitação no Congresso de pautas econômicas, como o projeto de crédito suplementar que autoriza o governo a descumprir a "regra de ouro", e ainda com tensões políticas no radar.

Às 12:20, o dólar recuava 0,64%, a 3,8597 reais na venda.

Na véspera, o dólar encerrou com ligeira alta de 0,18%, a 3,8846 reais na venda.

O dólar futuro perdia cerca de 0,6% neste pregão.

A Comissão Mista do Orçamento (CMO) se reúne às 11h para votar o texto do crédito suplementar, enquanto o Congresso tem sessão conjunta marcada para as 14h para apreciar vetos presidenciais pendentes e, com isso, poder votar o projeto de crédito suplementar caso tenha sido aprovado pela comissão.

Ainda nesta terça-feira, ocorre em Brasília o fórum dos governadores, "onde o foco será a busca pelo maior apoio possível dos Estados e municípios na PEC da nova Previdência", como pontuou a corretora H.Commcor em nota.

Investidores seguem monitorando desenvolvimentos do vazamento de supostas conversas do ministro da Justiça, Sergio Moro, monitorando especialmente o impacto que isso pode ter sobre a tramitação da Previdência.

Segundo agentes financeiros, os desdobramentos do fato podem trazer volatilidade ao câmbio nesta terça-feira.

Na véspera, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o vazamento das conversas visa justamente atrapalhar a reforma. Jair Bolsonaro, que não se pronunciou sobre o assunto na segunda-feira, deve se reunir com Moro nesta terça-feira.

Bolsonaro cumpre agenda em São Paulo nesta terça-feira e será acompanhado por Guedes.

"A coisa está muito mais acelerada do que deveria estar. De um lado uma turma fazendo pressão para que seja aprovada logo, e do outro alguém afirmando que não tem votos suficientes", afirmou um operador de um banco nacional, com relação à tramitação da reforma da Previdência.

Ele avalia que há excesso de otimismo no mercado no que diz respeito à Previdência e também a um eventual corte de juros, tanto no Brasil quanto nos EUA.

O dólar operando em queda neste pregão reflete tal otimismo, uma vez que faltam fatos e argumentos que justifiquem tal movimento, explicou.

Do panorama externo, a definição de um acordo entre Estados Unidos e México, evitando assim a aplicação de tarifas sobre produtos mexicanos, segue encorajando apetite por risco neste pregão.

Contribui para o otimismo no exterior a decisão de Pequim de aliviar regras financeiras para impulsionar os gastos do governo sobre obras públicas, novas medidas de estímulo para sustentar a economia chinesa.

No entanto, há razoável cautela no ar com relação à disputa entre EUA e China, depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou na véspera que o não comparecimento do líder chinês, Xi Jinping, ao G20 implicaria em um novo aumento tarifário.

O BC vendeu nesta terça-feira todos os 5,05 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em rolagem do vencimento julho.

Em 29 operações, o BC já rolou 7,323 bilhões de dólares, de um total de 10,089 bilhões de dólares a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de 68,863 bilhões de dólares.

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