Dólar (Adrienne Bresnahan/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 12 de abril de 2024 às 11h27.
Última atualização em 12 de abril de 2024 às 17h39.
O dólar hoje, 12, fechou em alta de 0,61% a R$ 5,121. A alta foi influenciada por diversos fatores, incluindo a queda nas exportações e importações na China, a possibilidade de apenas um corte de juros nos Estados Unidos este ano e preocupações internas com o cenário fiscal e a Petrobras.
No cenário cambial, o destaque foi para o vencimento de NTN-A, previsto para segunda-feira, superior a US$ 3,5 bilhões. Apesar disso, o Banco Central vendeu apenas US$ 1 bilhão em swaps cambiais extras neste mês, para atender à demanda relacionada à liquidação desses contratos.
"Depois de uma semana marcada por indicadores inflacionários importantes, como a inflação americana que ficou acima do esperado, o que levou a um forte movimento de aversão ao risco global. Isso desencadeou uma grande pressão sobre a moeda americana, fazendo-a disparar. Além disso, a tensão no Oriente Médio também impacta o preço do petróleo", afirma Marcio Riauba, gerente da Mesa de Operações da Stonix Banco de Câmbio
Na última quinta-feira, 11, a moeda americana fechou estável a R$ 5,090.
O dólar comercial hoje opera a R$ 5,134. Nas casas de câmbio, o dólar turismo opera a R$ 5,338.
O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.
Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.
A cotação do dólar turismo é mais cara, pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.
Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.
O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.
A queda do dólar frente ao real traz impactos significativos para a economia brasileira. Entre os principais efeitos estão: