Dólar testa poder de fogo de intervenção do BC e fecha em queda leve, a R$ 6,18
Na segunda-feira, a divisa viveu momento de escalada, fechando em R$ 6,19; nesta quinta-feira, oscilou bastante, mas caiu apenas 0,09%
Repórter Exame IN
Publicado em 26 de dezembro de 2024 às 09h09.
Última atualização em 26 de dezembro de 2024 às 17h53.
O dólar comercial oscilou bastante durante a sessão e fechou em queda leve, testando o efeito da intervenção do Banco Central.
Nesta quinta-feira, 26, a moeda abriu em queda e perdeu mais força após o Banco Central vender a oferta integral de US$ 3 bilhões em leilão à vista que havia anunciado ainda na segunda-feira.
Mas logo a moeda ensaiou uma recuperação. Oscilou, indo de R$ 6,1469 a R$ 6,1979 ao longo do dia, masfechou em queda de apenas 0,09%, para R$ 6,1794.
Na segunda-feira, 23, a moeda americana voltou a subir forte (1,87%), fechando a R$ 6,186, mas com o dólar futuro já testando patamares acima de R$6,20.
A alta da dólar tem a ver com o efeito da sazonalidade das remessas de fim de ano, mas é, especialmente, uma reação aos ruídos em torno do ambiente fiscal.
Para tentar conter a alta da moeda, o BC tem agido. A autoridade monetária já havia injetado US$ 16,76 bilhões no mercado apenas com leilões à vista (quandão não há compromisso de recompra), antes do leilão de hoje.
Em coletiva a jornalistas na última semana, Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e futuro presidente do BC (assume em 2025), afirmou que não há 'guidance' sobre a atuação da autoridade monetária no câmbio.
Em meio à nova escalada da divisa, o Google voltou a apresentar cotação incorreta. Na quarta-feira, quando não havia operçaão no mercado, o buscador mostrava a cotação em R$ 6,38. Por isso, a Advocacia-Geral da União (AGU) acionou o Banco Central (BC) sobre “possível informação incorreta de cotação do dólar” no Google.