Por Rosangela Dolis

São Paulo - O dólar comercial fechou hoje em alta de 0,23%, a R$ 1,718 no mercado interbancário de câmbio. Na semana, contudo, o balanço ainda é negativo, com o dólar recuando 0,12%; no mês, a desvalorização é de 2,16%; e no ano, de -1,43%. Na BM&F, o dólar pronto caiu hoje 0,12%, para R$ 1,7165. O euro comercial registrou leve queda de 0,04% a R$ 2,241.

Ecoa ainda nas mesas de negócios o alerta de quarta-feira do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que "vamos enxugar qualquer excesso de dólar que possa entrar com a operação da Petrobras. Vamos comprar tudo, já estou avisando". A isso soma-se um persistente noticiário de que o governo articula uma ofensiva contra a valorização excessiva do real nesse processo. Segundo informou a Agência Estado ontem à noite, o Banco Central poderá intensificar sua ação no mercado à vista adotando uma sequência de vários "leilões-surpresa" de compra da moeda norte-americana em um mesmo dia. A estratégia envolveria compras de dólares pelo Fundo Soberano do Brasil (FSB) e uso de contratos de swap cambial reverso (que equivale a uma compra de dólares no mercado futuro).

O fluxo positivo, porém, continua jogando contra a valorização do dólar. Além da capitalização da Petrobras, surgem novas captações externas corporativas . Hoje, o Itaú conseguiu mais US$ 1 bilhão. Já são cerca de US$ 6,3 bilhões acumulados no mês. A Gerdau já está em campo numa operação que deve ficar entre US$ 750 milhões e US$ 1 bilhão.

Câmbio turismo

Nas operações de câmbio turismo, o dólar fechou em alta de 0,39% e foi negociado em média à R$ 1,82 na ponta de venda e a R$ 1,737 na compra. O euro turismo subiu 0,43% a R$ 2,353 (venda) e R$ 2,257 (compra).