Dólar dispara pelo 3º dia após meta fiscal e atinge R$ 3,349
Este é o maior valor de fechamento em mais de 12 anos, desde 31 de março de 2003
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2015 às 17h17.
São Paulo - O dólar passou hoje pelo terceiro dia consecutivo de forte valorização ante o real, após o governo oficializar, na última quarta-feira, as mudanças na meta fiscal.
Os investidores continuam preocupados com a possibilidade de o Brasil, em função das dificuldades na área fiscal, perder o grau de investimento concedido pelas agências de rating.
Nem alguns comentários do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, durante a tarde desta sexta-feira, foram capazes de amenizar a forte pressão sobre o câmbio. Pelo contrário, o dólar à vista terminou o dia perto dos R$ 3,35, muito próximo das máximas.
O dólar à vista de balcão oscilou durante todo o dia em alta e fechou cotado a R$ 3,3490, com ganhos de 1,76%.
Este é o maior valor de fechamento em mais de 12 anos, desde 31 de março de 2003. Em três dias, a moeda acumulou avanço de 5,71%. No mercado futuro, o dólar para agosto era cotado a R$ 3,3565, em alta de 1,76%.
Desde cedo, investidores que atuam no câmbio brasileiro - em especial, estrangeiros - deram continuidade à busca de dólares iniciada na quarta-feira.
Tudo porque, ao reduzir as metas fiscais de 2015, 2016 e 2017, o governo passou uma mensagem de fraqueza ao promover o ajuste e elevou a percepção de que o país pode, de fato, ser rebaixado pelas principais agências de classificação de risco internacionais.
A meta fiscal deste ano foi de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para 0,15%; a de 2016, de 2,0% para 0,3%; e a de 2017, de 2,0% para 1,3%.
Não bastasse a pressão interna, o dólar também subia no exterior ante várias divisas de países emergentes e exportadores de commodities, após a China divulgar mais um indicador econômico fraco - o índice de gerentes de compras (PMI) da indústria, que caiu aos 48,2 na prévia de julho, ante 49,4 em junho.
À tarde, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, até tentou acalmar os ânimos, ao dizer, após participação em evento em São Paulo, que é "cedo para dizer se a variação do câmbio vai ser permanente".
Além disso, segundo ele, "na medida em que explicarmos as ações fiscais, o impacto no câmbio tende a ser absorvido".
Hoje, este impacto não foi absorvido.
A moeda dos EUA renovou máximas mesmo após os comentários de Barbosa, com investidores se protegendo no dólar ante do fim de semana e da agenda pesada da semana que vem - que inclui decisão sobre juros no Brasil e nos EUA, uma série de dados econômicos da economia brasileira e a determinação da ptax de fim de mês, na Sexta-feira (31).
São Paulo - O dólar passou hoje pelo terceiro dia consecutivo de forte valorização ante o real, após o governo oficializar, na última quarta-feira, as mudanças na meta fiscal.
Os investidores continuam preocupados com a possibilidade de o Brasil, em função das dificuldades na área fiscal, perder o grau de investimento concedido pelas agências de rating.
Nem alguns comentários do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, durante a tarde desta sexta-feira, foram capazes de amenizar a forte pressão sobre o câmbio. Pelo contrário, o dólar à vista terminou o dia perto dos R$ 3,35, muito próximo das máximas.
O dólar à vista de balcão oscilou durante todo o dia em alta e fechou cotado a R$ 3,3490, com ganhos de 1,76%.
Este é o maior valor de fechamento em mais de 12 anos, desde 31 de março de 2003. Em três dias, a moeda acumulou avanço de 5,71%. No mercado futuro, o dólar para agosto era cotado a R$ 3,3565, em alta de 1,76%.
Desde cedo, investidores que atuam no câmbio brasileiro - em especial, estrangeiros - deram continuidade à busca de dólares iniciada na quarta-feira.
Tudo porque, ao reduzir as metas fiscais de 2015, 2016 e 2017, o governo passou uma mensagem de fraqueza ao promover o ajuste e elevou a percepção de que o país pode, de fato, ser rebaixado pelas principais agências de classificação de risco internacionais.
A meta fiscal deste ano foi de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para 0,15%; a de 2016, de 2,0% para 0,3%; e a de 2017, de 2,0% para 1,3%.
Não bastasse a pressão interna, o dólar também subia no exterior ante várias divisas de países emergentes e exportadores de commodities, após a China divulgar mais um indicador econômico fraco - o índice de gerentes de compras (PMI) da indústria, que caiu aos 48,2 na prévia de julho, ante 49,4 em junho.
À tarde, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, até tentou acalmar os ânimos, ao dizer, após participação em evento em São Paulo, que é "cedo para dizer se a variação do câmbio vai ser permanente".
Além disso, segundo ele, "na medida em que explicarmos as ações fiscais, o impacto no câmbio tende a ser absorvido".
Hoje, este impacto não foi absorvido.
A moeda dos EUA renovou máximas mesmo após os comentários de Barbosa, com investidores se protegendo no dólar ante do fim de semana e da agenda pesada da semana que vem - que inclui decisão sobre juros no Brasil e nos EUA, uma série de dados econômicos da economia brasileira e a determinação da ptax de fim de mês, na Sexta-feira (31).