Mercados

Dólar cai pelo 5º pregão seguido e volta a R$3,13

No exterior, o dólar recuava frente a uma cesta de moedas, afastando-se da máxima de sete semanas

Dólar: a bem-sucedida operação de emissão de bônus denominados em dólares pelo Tesouro na véspera também aliviou o dólar nesta sessão (Ricardo Moraes/Reuters)

Dólar: a bem-sucedida operação de emissão de bônus denominados em dólares pelo Tesouro na véspera também aliviou o dólar nesta sessão (Ricardo Moraes/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 4 de outubro de 2017 às 17h28.

Última atualização em 4 de outubro de 2017 às 17h35.

São Paulo - O dólar fechou novamente em baixa e voltou ao patamar de 3,13 reais, marcando a quinta sessão consecutiva em queda nesta quarta-feira e acompanhando a cena externa diante de avaliações de que o futuro comandante do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, pode ser alguém menos conservador do que o esperado.

O dólar recuou 0,47 por cento, a 3,1314 reais na venda, menor patamar desde 22 de setembro (3,1276 reais), acumulando em cinco pregões queda de 1,93 por cento.

Na mínima do dia, a moeda foi a 3,1229 reais e, na máxima, a 3,1403 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,40 por cento no final da tarde.

"A lista de Donald Trump (presidente dos EUA) para a eventual sucessão de Janet Yellen à frente do Fed não estaria tão limitada ao Kevin Warsh, (que) tem um viés mais 'hawkish'", escreveu a H.Commcor Corretora.

No exterior, o dólar recuava frente a uma cesta de moedas, afastando-se da máxima de sete semanas, depois da notícia de que o diretor do Fed Jerome Powell seria preferido, em vez do ex-diretor Kevin Warsh, pelo secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, para assumir o Fed. Tanto Warsh quanto Powell foram entrevistados na Casa Branca na semana passada.

Um candidato menos conservador pode não elevar tanto os juros nos Estados Unidos, o que tente a não abalar muito a atratividade de mercados emergentes, que geram rendimentos melhores.

Internamente, a bem-sucedida operação de emissão de bônus denominados em dólares pelo Tesouro Nacional na véspera também aliviou o dólar nesta sessão.

O governo brasileiro emitiu 3 bilhões de dólares em título com vencimento em 10 anos, o Global 2028, com taxa de 4,675 por cento ao ano. Na operação anterior, em março, o Tesouro emitiu 1 bilhão de dólares do Global 2026, com taxa de 5 por cento ao ano.

Embora os profissionais avaliem que a tendência é de baixa no médio prazo do dólar, a proximidade do patamar de 3,10 reais pode atrair compradores.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCâmbioDólar

Mais de Mercados

Balanços da Tesla e Alphabet, Kamala Harris e corte de gastos no Brasil: o que move o mercado

Por que o homem mais rico da China está perdendo tanto dinheiro?

Hapvida (HAPV3) vai investir até R$ 600 milhões em novos hospitais em SP e RJ

"O mundo está passando por um processo grande de transformação", diz André Leite, CIO da TAG

Mais na Exame