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Dólar cai ante real após dados globais e à espera da ata do Fed

Às 10:09, a moeda americana recuava 0,71 por cento, a 3,2391 reais na venda, depois de cair 0,59 por cento na véspera

Dólar: no cenário internacional, a moeda americana também caía ante uma cesta de moedas, recuando da máxima de 14 anos (Andrew Harrer/Bloomberg)

Dólar: no cenário internacional, a moeda americana também caía ante uma cesta de moedas, recuando da máxima de 14 anos (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 4 de janeiro de 2017 às 10h20.

São Paulo - O dólar recuava ante o real nesta quarta-feira, mantendo o movimento visto no pregão passado, com os investidores esperando pela ata da última reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, e reagindo aos indicadores mais positivos da economia global.

Às 10:09, o dólar recuava 0,71 por cento, a 3,2391 reais na venda, depois de cair 0,59 por cento na véspera. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,75 por cento.

"A situação política interna deu uma acalmada em janeiro, sem novas delações. E o cenário internacional parece de mais otimismo", afirmou o presidente da Canepa Asset, Alexandre Póvoa. "O mercado voltou neste início de ano com mais apetite para o risco."

No cenário internacional, o dólar também caía ante uma cesta de moedas, recuando da máxima de 14 anos.

Nos últimos dias, uma série de indicadores positivos mostrou que a economia global estava com desempenho melhor do que o esperado. Mais cedo, foi divulgado que o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) apontou que atividade empresarial na zona do euro encerrou 2016 no ritmo mais rápido em cinco anos e meio.

Na véspera, o PMI também mostrou que a atividade industrial da China avançou mais do que o esperado em dezembro, com a produção alcançando a máxima em quase seis anos.

Os investidores também esperavam a ata da última reunião do Fed, em que elevou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual e sinalizou ritmo mais rápido de altas em 2017. O documento será divulgado às 17:00 (horário de Brasília).

O mercado buscará mais sinalizações de como o banco central dos EUA deve se comportar no governo de Donald Trump, que assume a Presidência do país no próximo dia 20. O republicano prometeu aumentar gastos, o que pode obrigar o Fed a ser mais duro na política monetária. Juros mais altos no mercado norte-americano podem significar saída de capital de mercados emergentes, como o brasileiro.

O Banco Central brasileiro, por enquanto, não anunciou nenhuma intervenção no mercado de câmbio para esta sessão, permanecendo de fora desde o dia 13 de dezembro.

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