Dólares: atuação do Banco Central e do Tesouro Nacional está ajudando a aliviar a pressão sobre o real (Jeffrey Coolidge/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2020 às 09h16.
Última atualização em 10 de março de 2020 às 18h47.
São Paulo - O dólar comercial, referência das transações entre empresas e bancos, registra queda de 1,69% contra o real nesta terça-feira para 4,645 reais. Em todo o mundo, a tensão que varreu os mercados ontem arrefeceu, com uma recuperação dos preços do petróleo e a sinalização de estímulos dos governos para conter o impacto econômico negativo da epidemia de coronavírus.
O turismo, usado pelos viajantes, caiu 1,83%, vendido a 4,83 reais. O euro tinha queda de 3,15%, a 5,238 reais.
No Brasil, a atuação do Banco Central e do Tesouro Nacional tem ajudado a aliviar a pressão sobre o real. O BC entre 9h10 e 9h15 fez um leilão de venda de 2 bilhões de dólares em moeda à vista. O Tesouro Nacional cancelou o leilão primário de títulos prefixados (LTN e NTN-F) previsto para quinta-feira "em virtude das condições mais restritivas do mercado financeiro".
Cristiane Quartaroli, estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, diz que esse arrefecimento da moeda americana tem a ver com a ação coordenada dos bancos centrais. Ontem, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciou medidas que trouxeram ânimo para os mercados. "Estamos acompanhando essa onda. As intervenções do Banco Central também têm contribuído para essa melhora, mesmo que pequena", diz.
Mas não é apenas o mercado externo que explica a taxa de câmbio. Afinal, o real está entre as moedas que mais se desvalorizaram diante do dólar. "Nesse sentido, impera a incerteza do desempenho da nossa economia ao longo do ano."
O BC vai voltar a fazer swap cambial com leilão extra de 1 bilhão de dólares amanhã das 9h20 às 9h30.