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Dólar cai 1% sob efeito de BC, Dilma e mercado futuro

Moeda norte-americana no balcão fechou em queda de 1,05%, cotado a R$ 2,346

Homem conta notas de dólar: movimento foi na contramão do exterior, onde divisa dos EUA sustentava ganhos sobre boa parte das moedas de países ligados a commodities (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2013 às 17h09.

São Paulo - O dólar à vista voltou a recuar ante o real nesta quarta-feira, 28, influenciado por fatores internos. Os leilões diários do Banco Central (BC) injetando recursos no sistema, comentários da presidente Dilma Rousseff sobre o câmbio e a pressão de baixa para a moeda no mercado futuro fizeram o dólar no balcão fechar em queda de 1,05%, cotado a R$ 2,346.

O movimento foi na contramão do exterior, onde a divisa dos Estados Unidos sustentava ganhos sobre boa parte das moedas de países ligados a commodities, embora os receios de uma guerra iminente na Síria tenham diminuído.

Pela manhã, o dólar atingiu R$ 2,3810 (+0,42%) no balcão, ainda sob a expectativa de que a Síria possa ser invadida por países europeus e pelos EUA, em função do uso de armas químicas pelo governo de Bashar al-Assad.

Pouco depois das 9 horas, porém, a presidente Dilma Rousseff começou a falar em entrevista a uma rádio mineira. Segundo ela, o País tem reservas cambiais que servem como colchão contra a volatilidade cambial. Dilma afirmou ainda que o governo "tem bala na agulha", numa referência às reservas internacionais.

Para o mercado, os comentários foram uma indicação clara de que, se for preciso, o BC pode usar os recursos das reservas internacionais, atualmente na faixa de US$ 372 bilhões, para atuar no mercado. "Depois da fala de Dilma, o dólar passou a ter tendência de queda", disse Luiz Carlos Baldan, diretor da Fourtrade. A moeda à vista recuava ante o real no balcão após as 10 horas.


A trajetória foi favorecida ainda pela "ração diária" de leilões do BC, que vendeu 10 mil contratos de swap (operação equivalente à venda de dólares no mercado futuro), no total de US$ 498,2 milhões.

"Os leilões estão surtindo efeito. Com eles, o BC está conseguindo conter a alta e até derrubar um pouco a moeda", acrescentou Baldan. Da última quinta-feira, 22, quando o BC anunciou a estratégia de leilões sistemáticos, até agora, a cotação recuou 3,77%.

A disputa no mercado futuro entre investidores comprados (que se favorecem com a alta do dólar) e vendidos (que apostam na baixa) também contribuiu para o recuo do dólar ante o real. Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora, disse que os vendidos estão puxando a moeda americana para baixo, enquanto os comprados vêm buscando reduzir sua posição, para evitar prejuízos. Na próxima sexta-feira será definida a Ptax que servirá de referência para liquidação dos derivativos cambiais que vencem em setembro. Até lá, a pressão no mercado futuro será grande.

Na mínima do dia, o dólar caiu para R$ 2,324 (-1,98%). No mercado futuro, cerca de uma hora antes do encerramento das transações, que acontece às 18 horas, a moeda para setembro caía 1,20%, para R$ 2,3465.

No exterior, a cautela demonstrada pela Organização das Nações Unidas com uma possível intervenção militar na Síria retirou um pouco da força da moeda norte-americana. Ainda assim, o dólar subia ante diversas divisas, como o euro, o iene japonês, o dólar australiano e o peso mexicano.

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São Paulo - O dólar à vista voltou a recuar ante o real nesta quarta-feira, 28, influenciado por fatores internos. Os leilões diários do Banco Central (BC) injetando recursos no sistema, comentários da presidente Dilma Rousseff sobre o câmbio e a pressão de baixa para a moeda no mercado futuro fizeram o dólar no balcão fechar em queda de 1,05%, cotado a R$ 2,346.

O movimento foi na contramão do exterior, onde a divisa dos Estados Unidos sustentava ganhos sobre boa parte das moedas de países ligados a commodities, embora os receios de uma guerra iminente na Síria tenham diminuído.

Pela manhã, o dólar atingiu R$ 2,3810 (+0,42%) no balcão, ainda sob a expectativa de que a Síria possa ser invadida por países europeus e pelos EUA, em função do uso de armas químicas pelo governo de Bashar al-Assad.

Pouco depois das 9 horas, porém, a presidente Dilma Rousseff começou a falar em entrevista a uma rádio mineira. Segundo ela, o País tem reservas cambiais que servem como colchão contra a volatilidade cambial. Dilma afirmou ainda que o governo "tem bala na agulha", numa referência às reservas internacionais.

Para o mercado, os comentários foram uma indicação clara de que, se for preciso, o BC pode usar os recursos das reservas internacionais, atualmente na faixa de US$ 372 bilhões, para atuar no mercado. "Depois da fala de Dilma, o dólar passou a ter tendência de queda", disse Luiz Carlos Baldan, diretor da Fourtrade. A moeda à vista recuava ante o real no balcão após as 10 horas.


A trajetória foi favorecida ainda pela "ração diária" de leilões do BC, que vendeu 10 mil contratos de swap (operação equivalente à venda de dólares no mercado futuro), no total de US$ 498,2 milhões.

"Os leilões estão surtindo efeito. Com eles, o BC está conseguindo conter a alta e até derrubar um pouco a moeda", acrescentou Baldan. Da última quinta-feira, 22, quando o BC anunciou a estratégia de leilões sistemáticos, até agora, a cotação recuou 3,77%.

A disputa no mercado futuro entre investidores comprados (que se favorecem com a alta do dólar) e vendidos (que apostam na baixa) também contribuiu para o recuo do dólar ante o real. Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora, disse que os vendidos estão puxando a moeda americana para baixo, enquanto os comprados vêm buscando reduzir sua posição, para evitar prejuízos. Na próxima sexta-feira será definida a Ptax que servirá de referência para liquidação dos derivativos cambiais que vencem em setembro. Até lá, a pressão no mercado futuro será grande.

Na mínima do dia, o dólar caiu para R$ 2,324 (-1,98%). No mercado futuro, cerca de uma hora antes do encerramento das transações, que acontece às 18 horas, a moeda para setembro caía 1,20%, para R$ 2,3465.

No exterior, a cautela demonstrada pela Organização das Nações Unidas com uma possível intervenção militar na Síria retirou um pouco da força da moeda norte-americana. Ainda assim, o dólar subia ante diversas divisas, como o euro, o iene japonês, o dólar australiano e o peso mexicano.

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