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Discurso de Powell, economia do Japão em risco e ADS do GPA: os assuntos que movem o mercado

O discurso do presidente do FED, Jerome Powell, sobre a inflação americana deve refletir nos mercados nesta segunda-feira

Jerome Powell: "você não verá nós exageramos" (Samuel Corum/Getty Images)

Jerome Powell: "você não verá nós exageramos" (Samuel Corum/Getty Images)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora da Homepage

Publicado em 1 de abril de 2024 às 08h22.

No feriado da última sexta-feira, 29 de março, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve afirmou que o banco central americano não está se tornando mais tolerante com o aumento da inflação. O discurso foi feito após a divulgação do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) na sexta-feira. O índice de preços PCE aumentou a uma taxa anual de 2,5% em fevereiro, acima dos 2,4% do mês anterior. Segundo Powell, os dados mais recentes sobre a inflação dos EUA estão "em linha do que gostaria de ver."

Disse ainda que os dados são o que o Fed esperava e que “e embora os números mostrem uma desaceleração menor do que no ano passado, "você não verá nós exageramos." A leitura do cenário é que mesmo que a inflação se revele mais persistente do que o esperado nas próximas semanas e a economia continue forte, a expectativa é que o Fed continue com o corte de juros em junho.  Depois da divulgação do PCE, o mercado aguarda a divulgação dos dados de emprego (payroll), que será divulgado na sexta-feira, dia 5.

Japão em risco

A economia do Japão está em risco. É o que afirmou Akihiro Fukutome, presidente da Associação Bancária Japonesa, em entrevista à Bloomberg. Segundo ele, a economia do Japão está em risco devido à pressão sobre os preços de seus dois maiores parceiros comerciais: China e Estados Unidos. Segundo ele, a ameaça da China é a deflação. Já dos Estados Unidos, ele vê a inflação aumentando se Donald Trump retornar ao cargo e implementar suas políticas.

Segundo ele, o maior risco é o ressurgimento da inflação nos EUA.  "Um aumento no rendimento de longo prazo é o meu pior cenário, embora a possibilidade ainda seja baixa.”

GPA

O conselho de administração do GPA aprovou na última sexta-feira, a deslistagem das American Depositary Shares (ADSs) da Bolsa de Nova York (Nyse). A decisão do conselho ocorre após a companhia avaliar alternativas para lidar com os preços das ADSs que estavam sendo negociados na Nyse a um valor inferior a US$ 1,00. 

Em comunicado, o GPA afirmou que o conselho entendeu que a deslistagem das ADSs da Nyse é o melhor interesse para a companhia e seus acionistas, levando em consideração: o volume de negociação muito limitado das ADSs em relação ao volume global (B3 e Nyse) de negociação das ações ordinárias da companhia.

"O fato de que a companhia não tem historicamente buscado captações através da Nyse; e os custos relevantes associados à manutenção da listagem das ADSs na Nyse e com o registro das ações ordinárias da companhia e das ADSs junto à Securities and Exchange Comission (SEC, comissão de valores mobiliários dos EUA), assim como ao cumprimento dos relatórios periódicos e obrigações relacionadas."

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