Companhias como a easyJet e a Ryanair vem sofrendo períodos turbulentos por causa da crise na aviação europeia (NurPhoto/Getty Images)
Peter Bellew, diretor de operações da companhia aérea low cost easyJet, pediu demissão de seu cargo na tarde desta segunda-feira, 4, em meio ao caos aéreo que se instalou na Europa.
De acordo com o agora ex-diretor da easyJet, o motivo da saída da empresa seria uma "busca de outras oportunidades".
A companhia aérea já escolheu um sucessor para Bellew, e nomeou David Morgan temporariamente para o cargo de chefe de operações.
Apesar da situação complicada, Johan Lundgren, CEO da companhia, fez um comunicado onde agradeceu Bellew por todo o trabalho feito pela companhia e lhe desejou o melhor para o futuro.
Lundgren também aproveitou o comunicado para ressaltar que todos estão colaborando para que as operações continuem seguras durante este verão.
A easyJet, assim como todo o setor da aviação civil na Europa, está passando por um momento de dificuldades, com pouca mão de obra, baixa procura de passagens e obstáculos na contratação de novos colaboradores.
Problemas que foram gerados por conta dos efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) nos últimos dois anos, além das complicações no trasporte aéreo europeu decorrentes da guerra na Ucrânia.
No mês passado, pilotos da companhia de baixo custo enviaram uma carta à administração onde reclamavam dos problemas que têm complicado as operações, como a alta taxa de cancelamento de voos, que está se agravando pela ausência de tripulação das aeronaves.
Por conta desse cenário de crise, o número de voos cancelados no mês de junho na Europa foram cerca de 9 mil. Entretanto, esse número ainda não foi atualizado definitivamente.
Já entre os meses de julho e setembro, a previsão é que mais de 10 mil decolagens não acontecerão na Europa.
A grande maioria desses cancelamentos serão de viagens dos aeroportos de Gatwick, em Londres, e no aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, os dois mais afetados por toda a instabilidade.