Fórum Econômico Mundial de Davos (World Economic Forum/Jakob Polacsek/Divulgação)
O terceiro dia do Fórum Econômico Mundial de Davos terminou nesta quarta-feira, 25, com um tom de otimismo.
Em todos os painéis do Fórum de Davos onde participaram brasileiros a percepção foi que 2022 será um ano positivo para a economia.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, discursou em um painel sobre como gerenciar a dívida pública global, e defendeu a agenda de reformas do Brasil.
Segundo Guedes, o Brasil estaria em uma "posição muito confortável" e "sólida" em relação à sua dívida pública.
Isso porque "não dormiu" no combate à inflação, ao contrário de outros países.
Guedes salientou como o Brasil atuou de forma correta, seja "na frente fiscal, seja na frente monetária".
Durante o painel foi tratado o cenário positivo que está aparecendo no Brasil. Com resultados fiscais positivos além dos preços mais altos das commodities, que estão revitalizando o caminho para a recuperação econômica.
Guedes salientou como o governo vai continuar com a agenda de reformas, principalmente na digitalização dos serviços, modernização dos marcos regulatórios, privatização de ativos estatais e atração de investimentos estrangeiros.
Por sua vez, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, participou de um painel sobre a preservação da Amazônia.
"Trata-se de regular, legislar e lançar as bases para que os povos da selva se tornem empreendedores, que é o que eles realmente querem", disse Montezano.
O presidente do BNDES lembrou que o banco de investimento público tem várias linhas de financiamento para reverter uma cultura que, como reconheceu, durante anos considerou que "destruir a floresta era criar valor econômico" e que só agora começa a mudar.
Uma mudança que o economista-chefe do Itaú Unibanco (ITUB4), Mário Mesquita, acha que vai ocorrer somente mudando os incentivos.
“Somente se o preço for justo, as pessoas deixarão de fazer o que estão fazendo. Mudar os incentivos será mais eficaz do que coerção”, disse Mesquita, para o público de Davos.