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Detalhes sobre contenção de R$ 15 bi, balanço da Microsoft e Caged: o que move o mercado

O mercado também acompanha o início, nesta terça-feira, 30, das reuniões de política monetária do Banco Central (BC) do Brasil, do Federal Reserve (Fed, banco central americano) e do Banco do Japão (BoJ)

Radar: mercado acompanha detalhamento sobre corte de gastos nos ministérios (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Radar: mercado acompanha detalhamento sobre corte de gastos nos ministérios (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 30 de julho de 2024 às 08h39.

Os mercados internacionais operam mistos na manhã desta terça-feira, 30. Na Europa, as bolsas abriram sem direção única, enquanto investidores avaliam o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro, que avançou 0,3% no segundo trimestre ante o primeiro, mais do que os 0,2% esperados.

Nos Estados Unidos, às vésperas da decisão de política monetária por lá e em semana de novos balanços de techs, os índices futuros sobem. Na Ásia, os principais índices fecharam em território negativo, com a expectativa que o Banco do Japão (BoJ) possa elevar juros. Por aqui, também de olho na reunião do Banco Central (BC), o Ibovespa futuro cai.

Contenção de R$ 15 bilhões

O mercado acompanha os desdobramentos sobre a contenção de gastos pelo governo. Na semana passada, o governo oficializou, no 3º Relatório Bimestral de Avaliação de Despesas e Receitas, que haverá uma contenção de R$ 15 bilhões, sendo um bloqueio de R$ 11,2 bilhões e um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões. Entretanto, não detalhou como isso será feito.

Agora, a expectativa é que o governo publique nesta terça-feira o decreto que detalha quais ministérios serão alvo da contenção. O montante congelado é para o cumprimento da meta de déficit fiscal zero em 2025, cuja projeção atual é de déficit de R$ 28,8 bilhões, dentro da margem de tolerância. Na semana passada, antes do congelamento, os ministérios do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empenharam R$ 8,8 bilhões em despesas não obrigatórias.

Balanços

De olho na temporada de balanços, Klabin (KLBN11) divulga seus resultados do segundo trimestre de 2024 antes da abertura de hoje. Já Copasa (CSMG3), 3R Petroleum (RRRP3) e Tim (TIMS3) publicam seus números após o fechamento da sessão. Nos Estados Unidos, investidores acompanham atentamente o balanço da Microsoft (MSFT34).

Caged

Na agenda de indicadores locais, haverá a publicação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de junho, às 14h30 desta terça-feira. Segundo as Projeções Broadcast, a expectativa aponta para uma criação de 165 mil vagas com carteira assinada no mês passado, o que representaria uma aceleração em relação à maio.

Reuniões de política monetária

Nesta terça-feira, iniciam-se as reuniões de política monetária do Banco Central (BC) do Brasil, do Federal Reserve (Fed, banco central americano) e do Banco do Japão (BoJ). A expectativa é de que o BC americano mantenha seus juros inalterados e sinalize o início de cortes em setembro. Já para o BC brasileiro, as projeções apontam para uma manutenção nas taxas, mas sem indícios sobre novos cortes. O BoJ, por sua vez, pode voltar a subir juros.

Repercussão do relatório da Petrobras

O mercado também repercute hoje o Relatório de Produção e Vendas do segundo trimestre de 2024 da Petrobras (PETR4). Segundo o documento, a petroleira encerrou o período com uma produção média de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), aumento de 2,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O incremento foi propiciado pela evolução na produção (ramp-up) dos FPSOs Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em produção de 12 novos poços de projetos complementares, sendo oito na Bacia de Campos e quatro na Bacia de Santos.

Entretanto, na comparação com o primeiro trimestre deste ano, a produção foi 2,8% inferior, devido, principalmente, ao maior volume de perdas por paradas para manutenções, dentro do previsto no PE 2024-28+, e ao declínio natural de campos maduros.

As vendas de derivados de petróleo no mercado interno tiveram aumento de 3,2% no trimestre, com destaque para a comercialização de diesel e de GLP, reflexo da maior atividade econômica e de temperaturas médias mais baixas, respectivamente. As vendas de diesel S-10 nesse trimestre representaram 64% das vendas totais de óleo diesel pela Petrobras, estabelecendo um novo recorde trimestral.

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