De olho em tendências e escala de negócios, iFood e RD comentam venture corporate no Web Summit
Brasil forma terceira maior delegação no evento em Lisboa. Objetivo é buscar inovação e possibilidades para o futuro de seus respectivos setores no país
André Lopes
Publicado em 11 de novembro de 2022 às 16h02.
O Web Summit 2022 em Lisboa atraiu profissionais e empresas de mais de 160 países e teve o Brasil como sua terceira maior delegação, atrás apenas de Reino Unido e Alemanha.
Conversamos com dois brasileiros presentes este ano para entender o motivo da participação no evento e refletir sobre corporate venture, conexão das startups com as grandes empresas.
Marcos Freire Gurgel, diretor de inovação do iFood, contou que a presença no Web Summit tinha três principais motivos. O primeiro seria olhar para tendências considerando o H3, que significa o horizonte do futuro incerto e do risco alto, e trazer um pouco disso para o delivery no Brasil. O segundo é conhecer startups, para acompanhar quais soluções estão criando. E o terceiro é ver possíveis contratações de profissionais fora do país. “Portugal se transformou num hub para isso”, disse.
Segundo ele, o iFood está olhando muito para como abrir sua plataforma e de uma certa forma trazer pessoas que possam empreender dentro do ecossistema. “Acho que isso muda um pouquinho a dinâmica, porque você começa a olhar muito mais a perenidade você começa a olhar muito mais a copartição e o codesenvolvimento de determinadas tecnologias”, afirmou.
Outra brasileira no evento, Juliana Oizerovici, líder de Novos Negócios da RD Saúde, visitou o Web Summit pela primeira vez com o objetivo de entender e explorar as principais tendências que a empresa deveria estar olhando. “Por ser uma empresa muito operacional, que tem que estar olhando o resultado do dia a dia, a venda, a operação de loja, precisa abrir a cabeça para olhar o futuro. Precisa ser uma organização ambidestra, tem esse desafio. E estar nesse tipo de evento fora do Brasil, entender todas essas tendências é o que vai fazer a gente”, conta.
Tendo a saúde como core da organização, Juliana acompanhou mais conteúdos nessa trilha, principalmente considerando como a farmácia tangencia a saúde e qual seria o futuro desse mercado. Nesse sentido, ela explicou que a empresa tem fomentado bastante a inovação e está buscando e plugando parceiros também de forma comercial.
“Diferentemente da maioria das organizações, a gente começou no H3, na disrupção. A gente montou a Vitat, um marketplace de produto, serviço e conteúdo de saúde. E a gente percebeu que precisava fazer o beabá da inovação, que é o corporate venture. Tem N soluções incríveis surgindo e que a gente não estava olhando. Estamos focados também em fazer parcerias comerciais, em plugar essas startups dentro da nossa operação. Temos 2500 lojas, 50 milhões de clientes, uma força de venda de 50 mil pessoas. São ativos muito poderosos que ajudam a escalar uma startup num nível muito poderoso. Quando a gente aprende a usar a agilidade, a inovação da startup junto com os ativos construídos construiu ao longo de todos esses anos, é um ganha-ganha muito relevante e muito forte.”
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