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CVC levanta R$ 550 milhões em oferta subsequente e fundador aumenta investimento

Como informou a EXAME Invest na quarta-feira, a companhia já havia conseguido vender a totalidade de papéis ofertados, incluindo o lote adicional

CVC: novo CEO, Fabio Godinho, é um nome de confiança de Guilherme e Gustavo Paulus (CVC Corp/Divulgação)

CVC: novo CEO, Fabio Godinho, é um nome de confiança de Guilherme e Gustavo Paulus (CVC Corp/Divulgação)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 23 de junho de 2023 às 10h02.

A companhia de turismo CVC (CVCB3) confirmou nesta sexta-feira, 23, que vendeu a totalidade de ações que havia colocado em sua oferta subsequente de ações, incluindo o lote adicional que dobrou a operação.

Como informou a EXAME Invest na quarta-feira, 21, a companhia já havia conseguido àquela altura R$ 500 milhões. O trabalho dos bancos naquele momento era convencer os investidores a pagarem mais de R$ 3 por ação, o que se concretizou. Com a ação cotada a R$ 3,30, a oferta saiu a R$ 550 milhões.

Além disso, conforme anteciparam pessoas ouvidas pela EXAME Invest, o investimento da família Paulus, fundadora da CVC, também ficou maior. Pelo acordo com a Opportunity, maior acionista da empresa, o fundo GJP, comandado por Gustavo Paulus, investiria R$ 75 milhões com a ação cotada a R$ 3 e poderia aumentar esse montante, mas não tinha obrigação, caso o valor fechado da oferta mudasse. Com o preço fixado, o investimento do GJP ficou em R$ 100 milhões.

Na prática, pai e filho já estavam influenciando as decisões da companhia: o novo CEO, Fabio Godinho, é um nome de confiança de Guilherme e Gustavo Paulus e várias pessoas que já trabalharam com a família têm assumido cargos na diretoria das unidades de negócio.

Com foi a oferta

A oferta saiu com um desconto de 19,5% em comparação ao preço do dia do anúncio: em 14 de junho, o papel estava a R$ 4,10.

A oferta ainda trouxe como diferencial um bônus de subscrição de 2 para 1 para cada acionista, com o direito de comprar novos papéis em novembro com um desconto de 10% sobre o preço médio dos últimos 15 pregões na B3. Cálculos do JPMorgan indicam que isso poderia colocar entre R$ 150 milhões e pouco mais de R$ 300 milhões extras no caixa da CVC.

Independentemente disso, ao menos R$ 124 milhões já devem ter destino certo: pagar a primeira parcela da dívida da companhia com debenturistas, que foi renegociada e diluída em parcelas com vencimento até o quarto trimestre de 2026. Antes da negociação, a empresa tinha R$ 655 milhões vencendo já neste mês.

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