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CSN Mineração afunda 8% após 'block trade' de R$ 1,17 bi

O bloco de 114,4 milhões de ações foi oferecido em um leilão de uma hora realizado na abertura do pregão da B3; segundo informações do site Brazil Journal, o vendedor dos papéis foi a Glencore, gigante global de trading de commodities

CSN Mineração: desde o IPO, em fevereiro, a ação acumula ganhos de 28% (Rich Press/Bloomberg via/Getty Images)

CSN Mineração: desde o IPO, em fevereiro, a ação acumula ganhos de 28% (Rich Press/Bloomberg via/Getty Images)

PB

Paula Barra

Publicado em 12 de maio de 2021 às 16h26.

Última atualização em 12 de maio de 2021 às 18h12.

A CSN Mineração (CMIN3) afundou 7,89%, para 10,04 reais, na Bolsa nesta quarta-feira, 12, após um "block trade" organizado pelo Bank of America movimentar 1,17 bilhão de reais em papéis da companhia. A identidade do vendedor não foi revelada, mas informaçoes do site Brazil Journal apontam que trata-se da empresa anglo-suíça Glencore, que teria se desfeito de sua posição montada na companhia há três meses na oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês).

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O bloco de 114,4 milhões de ações foi oferecido em um leilão de uma hora realizado na abertura do pregão ao preço inicial de 10,20 reais por papel, segundo informações da B3. No entanto, a venda saiu um pouco acima, em 10,25 reais, dando um desconto de 6% frente ao fechamento de terça-feira.

O total de ações movimentado corresponde a 2,05% do capital social da CSN Mineração.

O lote expressivo fez o volume financeiro transacionado com os papéis CMIN3 saltar na Bolsa hoje, alcançando a cifra de 1,46 bilhões de reais, muito acima da média móvel diária de 156,63 milhões de reais nos últimos 21 pregões.

A Glencore ancorou o IPO da CSN Mineração, em 12 de fevereiro, com um cheque próximo de 250 milhões de dólares. De lá até ontem, as ações da brasileira subiram 28%, saindo de 8,50 reais na oferta para encerraram na véspera em 10,90 reais.

No mercado, especula-se que a saída da gigante global de trading de commodities pode estar relacionada com a disparada do minério de ferro, que passou de 150 dólares para quase 240 dólares a tonelada, um novo recorde batido hoje. O salto nos preços tem levado alguns analistas a se questionarem se esse movimento ainda tem força para se estender, embora o mercado continue altista.

Nesta sessão, os contratos de minério de ferro negociados no porto chinês de Qingdao subiram mais 3,77%, em meio a preocupações com a oferta, após a China ter suspendido um acordo comercial com a Austrália, maior produtor mundial da commodity, na semana passada. O movimento também vem sendo sustentado por apostas de que os bancos centrais devem manter uma política estimulativa, o que impulsionaria ainda mais a recuperação econômica global.

 

 

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