Lisboa - A cotação do Banco Espírito Santo (BES) disparou nesta quarta-feira com altas superiores inclusive a 13%, depois que a entidade portuguesa anunciou a entrada em seu capital de dois novos acionistas.
O valor da bolsa do BES acumulou uma queda superior a 60% em pouco mais de um mês, mas desde que alcançou seu nível mais baixo, no último dia 15 (a 38 centavos de euro), o preço por título do BES mostra tênues sinais de recuperação e hoje chegou a 47 centavos.
A entidade financeira - a mais importante em ativos de Portugal - se viu afetada nos mercados por fazer parte do Grupo Espírito Santo, um enorme conglomerado empresarial no qual várias companhias às quais concedeu créditos correm o risco de declarar-se em insolvência.
A pedido do Banco Central de Portugal, a família Espírito Santo foi afastada da gestão do BES com Ricardo Salgado à frente, que deixou o cargo após 22 anos e foi substituído pelo economista Vítor Bento.
A estratégia publicamente defendida pelas autoridades portuguesas - inclusive o governo e o próprio chefe de Estado - passa por diferenciar o Grupo Espírito Santo do BES, onde a família é o maior acionista com 20,1% dos títulos.
A evolução positiva dos títulos do BES na Bolsa de Lisboa aconteceu hoje apesar de ontem uma das sociedades financeiras filiais do Grupo Espírito Santo, a Rioforte, ter solicitado formalmente uma "gestão controlada", figura jurídica similar à reunião de credores.
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1. De olho nos bancos
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1/7 (EXAME.com)
São Paulo – O banco
J. Safra revisou suas preferências entre os bancos brasileiros listados na
Bovespa.
O relatório assinado por Francisco Kops e Giovanna Rosa destaca que o momento operacional positivo deve permanecer, apesar da concorrência mais acirrada e do cenário macroeconômico fragilizado representando pontos de cautela. “No curto prazo, porém, o enfoque dos investidores deve continuar no julgamento dos planos econômicos, criando risco de overhang (excesso de liquidez) para o setor”, afirmam os analistas. Veja a seguir as perspectivas de cada banco, segundo a avaliação do J. Safra.
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2. Bradesco (BBDC4)
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2/7 (Adriano Machado/Bloomberg News)
O relatório aponta a ação do Bradesco como a preferida do setor, pois o papel ainda não refletiu a melhora no balanço patrimonial após o quarto trimestre de 2013. Recomendação: Desempenho acima da média de mercado Preço alvo 2014: R$ 30,20 Desempenho da ação em 2014: -3,7%
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3. Itaú (ITUB4)
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3/7 (Luísa Melo/Exame.com)
Já o Itaú deve continuar apresentando desempenho forte, mas seu valuation pareçe esticado comparando-se aos concorrentes. “Vemos esse prêmio como justo, em decorrência do momento positivo, estratégia sólida e um perfil de balanço patrimonial mais internacional do banco”, justificam os analistas. Recomendação: Desempenho acima da média de mercado Preço alvo 2014: R$ 35,30 Desempenho da ação em 2014: +1%
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4. Banrisul (BRRS6)
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4/7 (Andrevruas/Wikimedia Commons)
O Banrisul também é avaliado com otimismo. “Apesar do momento operacional negativo, o banco ainda vem entregando o maior Retorno sobre Ativos (ROA, na sigla em inglês) entre os bancos grandes e não tem exposição aos planos econômicos. Recomendação: Desempenho acima da média de mercado Preço alvo 2014: R$ 13,10 Desempenho da ação em 2014: -2,9%
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5. Santander (SANB11)
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5/7 (Divulgação)
Para o J. Safra, o Santander deve ainda ficar atrás de seus pares em termos de desempenho operacional. Porém, a forte melhora na qualidade do crédito deve levar a despesas de provisões menores e sólida expansão de resultados em 2014. Recomendação: Neutra Preço alvo 2014: R$ 12,00 Desempenho da ação em 2014: -5,41%
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6. Banco do Brasil (BBAS3)
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6/7 (Adriano Machado/Bloomberg News)
Apesar de considerarem o Banco do Brasil barato na Bolsa, os analistas do J. Safra se mostram cautelosos quanto à maior exposição da instituição aos passivos dos planos econômicos. “Além disso, as expectativas de lucro e rentabilidade baixas nos deixam mais pessimistas em relação ao papel”, concluem Francisco Kops e Giovanna Rosa. Recomendação: Desempenho abaixo da média de mercado Preço alvo 2014: R$ 20,30 Desempenho da ação em 2014: -17,8%
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7. Veja agora as ações que mais subiram e caíram em fevereiro
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7/7 (REUTERS/Brendan McDermid)