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Encontro EUA-Rússia, Cosan, commodities em queda e o que move o mercado

Representantes das duas potências acertam reunião para debater possibilidade de guerra na Ucrânia

Bandeiras da Rússia e Estados Unidos | Foto: Mashabuba/ Getty Images (mashabuba/Getty Images)

Bandeiras da Rússia e Estados Unidos | Foto: Mashabuba/ Getty Images (mashabuba/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 18 de fevereiro de 2022 às 07h05.

Última atualização em 18 de fevereiro de 2022 às 09h08.

Os índices futuros americanos esboçam alguma recuperação na manhã desta sexta-feira, 18, após terem registrado o pior desempenho diário do ano no último pregão, marcado pela escalada de tensões na Ucrânia. Preocupações sobre uma possível guerra no Leste Europeu permanecem elevadas entre investidores. 

O que ajuda a aliviar os temores do mercado é a confirmação de que representantes dos Estados Unidos e Rússia concordaram em debater o assunto na próxima semana. As conversas serão tocadas pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrova, e pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken. 

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Commodities

Apesar das incertezas envolvendo uma das maiores exportadoras de óleo e gás do mundo, o preço do barril de petróleo volta a cair nesta manhã, podendo encerrar a primeira semana no vermelho das últimas nove. O que pressiona o preço da commodity para baixo são as perspectivas sobre derrubada das sanções sobre o petróleo do Irã.

Outra commodity que vem perdendo força é o minério de ferro. O metal fechou em queda nesta madrugada, estendendo a sequência de perdas para cinco pregões. A desvalorização ocorre em meio a pressões de reguladores chineses, que chegaram a alegar “fabricação de preços” nos mercados de minério de ferro. A perda semanal foi a maior desde 2020, segundo a Reuters. Em Singapura, a commodity fechou a semana com 12% de queda. 

A desvalorização do minério tem cobrado um grande preço das ações brasileiras. As ações da Vale desabaram mais de 4%, na véspera, sendo a principal responsável por derrubar o Ibovespa para de volta aos 113.000 pontos.

Balanços

Além do mercado de commodities, as negociações da bolsa brasileira devem ser ditadas pelas reações aos últimos balanços corporativos. Vamos (VAMO3), BMG (BNGB4), BR Properties (BRPR3) e Rumo (RAIL3) estiveram entre as empresas que divulgaram resultados na última noite.

Um dos mais aguardados foi o balanço da Rumo. A empresa de logística teve 1,51 bilhão de reais de receita líquida, abaixo dos 1,65 bilhão de reais projetados pelo mercado. A empresa teve prejuízo líquido de 384 milhões de reais, pressionada pela quebra de safra, que retraiu em 38,4% as exportações de milho.

A Rumo ainda anunciou o guindance para 2022. A empresa projeta entregar entre 70 e 72 bilhões de TKU (tonelada por quilômetro útil), entre 4,1 e 4,5 bilhões de reais em Ebitda e capex entre 2,7 e 2,9 bilhões de reais. 

Cosan

Nesta sexta, será a vez da Cosan (CSAN3) apresentar seus números do quarto trimestre. A expectativa é de que a holding apresente 30,93 bilhões de reais em receita líquida, segundo consenso da Bloomberg. A estimativa para o Ebitda ajustado é de 2,71 bilhões de reais. 

Vencimento de opções

Vale lembrar que o dia será de vencimento de opções sobre ações, que pode adicionar volatilidade ao longo do pregão.

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