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Construtoras: o sufoco continua

Ficou claro nos balanços divulgados esta semana que as construtoras e incorporadoras ainda vão penar muito antes de melhorar. Até mesmo a Cyrela – a preferida dos investidores – decepcionou os analistas, na terça-feira 09, ao apresentar um lucro trimestral 62% menor que o do ano anterior, de 45 milhões de reais. Nesta sexta-feira, a combalida […]

IMÓVEIS: o índice de cancelamentos chegou a 43% das vendas no ano passado, o que está forçando construtoras e consumidores a renegociar  / Germano Lüders (Germano Lüders/Exame)

IMÓVEIS: o índice de cancelamentos chegou a 43% das vendas no ano passado, o que está forçando construtoras e consumidores a renegociar / Germano Lüders (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2016 às 20h37.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h16.

Ficou claro nos balanços divulgados esta semana que as construtoras e incorporadoras ainda vão penar muito antes de melhorar. Até mesmo a Cyrela – a preferida dos investidores – decepcionou os analistas, na terça-feira 09, ao apresentar um lucro trimestral 62% menor que o do ano anterior, de 45 milhões de reais.

Nesta sexta-feira, a combalida Tecnisa fecha a divulgação de balanços do setor com números emblemáticos. Analistas estimam um prejuízo de 12 milhões de reais, ante lucro de 31,3 reais do mesmo período de 2015.

“A situação das construtoras ainda é complicada, com crédito restrito, distratos altos e a crise econômica. Na melhor das hipóteses, as vendas começam a recuperar no último semestre de 2017”, diz Paulo Figueiredo, diretor de operações da FN Capital.

A crise traz marcas sombrias. A nova edição da revista EXAME revela que, nos últimos 12 meses, 557 empresas do setor decretaram falência – nos 12 meses anteriores o número não chegava a 50.

Para não entrar nesta lista, a Tecnisa – que terminou o primeiro trimestre com uma dívida de 1,2 bilhão de reais – recorreu a um aumento de capital de 200 milhões de reais, anunciado em junho. A sua concorrente Cyrela concordou em adquirir até 19% das ações por 100 milhões de reais, numa transação aprovada pelo Cade na semana passada.

Apesar da decepção nos resultados da companhia, a situação na Cyrela ainda é bem melhor do que o de suas concorrentes. Em teleconferência com analistas, a companhia ressaltou que como o ambiente é difícil para iniciar a construção de novos prédios, pode optar por adquirir mais ativos, como bons terrenos. Como a companhia tem 1,9 bilhão de reais em caixa, é uma forma de ganhar corpo para sair mais à frente quando a situação melhorar, lá para o final de 2017. Se tudo der certo daqui pra frente, claro.

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