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Com feriado no Brasil, coronavírus afeta ações de brasileiras no exterior

Os ADRs da Petrobras negociados na bolsa de Nova York caíam 8,20% por volta das 14 horas. Os da Vale, 7,53%.

Petrobras: ADRs da petroleira brasileira negociados na bolsa de Nova York caíam 8,20% por volta das 14 horas (Sergio Moraes/Reuters)

Petrobras: ADRs da petroleira brasileira negociados na bolsa de Nova York caíam 8,20% por volta das 14 horas (Sergio Moraes/Reuters)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 24 de fevereiro de 2020 às 14h15.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2020 às 21h06.

São Paulo - Com o feriado prolongado de carnaval no Brasil, a B3 está fechada, mas os recibos de ações (ADRs) de empresas brasileiras no mercado vendidos em Nova York despencam nesta segunda-feira (24).

Investidores reagem ao avanço do coronavírus, oficialmente chamado de Covid-19, na Ásia, Itália e Irã.  A preocupação é que o vírus demore mais do que o previsto para ser controlado, o que aumenta as chances de haver uma forte desaceleração da atividade global.

Neste cenário, os ativos de países emergentes, como é o caso do Brasil, sofrem mais por conta da aversão ao risco.

O Dow Jones Brazil Titans, índice que reflete o desempenho dos 20 ADRs brasileiros mais negociados, abriu em queda nesta segunda-feira e encerrou o dia em queda de 4,81%.

Os ADRs da Petrobras terminaram o dia com queda de 7,64% depois de colar nos 9% ao longo dia, repercutindo queda de mais de 5% no preço do petróleo. Os da Vale caíam 7,53%.

No setor de siderurgia, a Gerdau caiu 3,42%. No de papel e celulose, Suzano e Klabin caíram 4,37% e 2,06%, respectivamente. A Marfrig recuou 5,03%.

Entre as aéreas, a maior queda foi da Gol, com recuo de 8,05% nesta segunda. Azul caiu 4,65% e a fabricante de aviões Embraer, 2,70%.

O banco Santander teve a maior queda entre os bancos, 6,14%. O Banco do Brasil, que liderou as baixas em alguns momentos do dia, terminou a segunda-feira com recuo de 4,59%. Bradesco e Itaú recuaram 1,95% e 3,67%.

Já as ações da fintech de meios de pagamento PagSeguro no exterior caíam 5,19%.

A Bolsa brasileira só volta a abrir na quarta-feira (26), às 13 horas.

Casos se alastram

Um salto nos casos de coronavírus na Itália, Coreia do Sul, Japão e Irã fizeram as bolsas da Europa registrarem as maiores quedas dos últimos quatro anos nesta segunda-feira.

A bolsa de Milão caiu mais de 5,5% hoje após um pico nos casos do vírus ter deixado seis mortos na Itália e partes do norte industrial do país praticamente em isolamento.

Na Ásia durante a noite, o KOSPI da Coreia do Sul havia caído 3,9% após o governo declarar estado de alerta elevado. O número de casos subiu para 763 e de mortes para sete.

O Irã, que anunciou as suas primeiras infecções na semana passada, disse que tinha confirmado 43 casos e oito mortes, com a maioria dos casos na cidade santa de Qom. A Arábia Saudita, Kuwait, Iraque, Turquia e Afeganistão impuseram restrições de viagem e imigração à República Islâmica.

(Com informações da Reuters)

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