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Com Copom já 'dado', DIs longos miram exterior e caem

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2012 estava em 11,00%, de 11,01% no ajuste

Ivan Clarck, sócio líder de Capital Markets da PwC: 800 companhias tem interesse em abrir capital, mas precisam se preparar para isso (Marcel Salim/EXAME.com)

Ivan Clarck, sócio líder de Capital Markets da PwC: 800 companhias tem interesse em abrir capital, mas precisam se preparar para isso (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2011 às 16h45.

São Paulo - O ambiente econômico externo, sobretudo o europeu, voltou a prevalecer sobre os indicadores domésticos e gerou nova rodada de devolução de prêmios no mercado de juros futuros. Esse movimento, principalmente no período vespertino, se deu com mais intensidade nos vencimentos longos, que também foram influenciados pela contração de 0,32% do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), do Banco Central, no terceiro trimestre - primeiro recuo do indicador desde os primeiros três meses de 2009, no auge da crise financeira global. Os DIs curtos, por sua vez, tiveram viés de baixa, mas ficaram muito perto dos ajustes, uma vez que o mercado "comprou" o discurso, referente a "ajustes moderados" da Selic, do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2012 (357.015 contratos) estava em 11,00%, de 11,01% no ajuste. O DI janeiro de 2013, com giro de 276.545 contratos, marcava 9,93%, de 9,94% na véspera, enquanto o DI janeiro de 2014 (146.120 contratos) indicava mínima de 10,16%, ante 10,21%. Entre os longos, a devolução de prêmios era maior. O DI janeiro de 2017 (27.755 contratos) caía a 10,77%, de 10,85% ontem, e o DI janeiro de 2021 (4.840 contratos) recuava à mínima de 10,86%, ante 10,94% no ajuste.

Tido como uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br em setembro registrou leve expansão de 0,02% na comparação com agosto, na série com ajuste sazonal. O resultado ficou dentro das previsões dos economistas ouvidos pelo AE Projeções, que calculavam intervalo de -0,59% até +0,42%, e acima da mediana de -0,05%. "Esse dado não tem força para mexer com as taxas curtas, pois o próprio presidente do BC já reiterou, em inúmeras ocasiões, que ajustes moderados da taxa Selic são compatíveis com o cenário central da autoridade monetária. Ou seja, o corte da taxa básica seguirá no mesmo ritmo das últimas duas reuniões", ponderou um profissional da área de renda fixa.


Na Europa, as notícias continuaram trazendo pessimismo. Na abertura dos negócios, os investidores se depararam com o rebaixamento do rating de 10 bancos públicos alemães pela agência de classificação de risco Moody's. Logo depois, o Tesouro da Espanha pagou mais em um leilão de bônus de dez anos, no qual ofereceu um retorno ao investidor (yield)) máximo de 7,088% - maior nível desde a introdução do euro - para vender 3,563 bilhões de euros, ante os 4 bilhões de euros pretendidos. Assim, o yield dos bônus espanhóis ficou acima de 6,7%, impactando também as taxas dos títulos italianos e franceses. O Tesouro da França também realizou hoje um leilão mensal de quatro bônus com diferentes vencimentos, no qual vendeu 6,976 bilhões de euros, mas os yields subiram em três das operações. A meta era vender entre 6 bilhões e 7 bilhões de euros.

Durante a tarde, os principais índices do mercado de ações dos EUA acentuaram as perdas em meio a receios com a possibilidade de o chamado "supercomitê" do Congresso, encarregado de apresentar um plano de cortes nos gastos públicos até quarta-feira, não cumprir esta missão, o que resultaria na adoção automática de um outro plano para reduzir o déficit orçamentário norte-americano. As commodities também caíram mais e o petróleo WTI para dezembro, às 16h28, cedia 3,32%, a US$ 99,18 na Nymex.

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