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Clube recebe Wlad Ribeiro, da Genoa: 'apostamos na transição energética'

Sócio e gestor aponta perspectivas de ganhos com ações de petrolíferas e revela as apostas da casa no primeiro episódio de 2022 do videocast da EXAME Invest

Wlad Ribeiro, sócio e gestor de ações da Genoa Capital, no Clube, videocast da EXAME Invest | Foto: Reprodução/EXAME (Exame/Reprodução)

Wlad Ribeiro, sócio e gestor de ações da Genoa Capital, no Clube, videocast da EXAME Invest | Foto: Reprodução/EXAME (Exame/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2022 às 08h36.

A transição energética para um mundo "carbono zero" cria oportunidades de investimento na bolsa em duas frentes. Foi o que destacou Wlad Ribeiro, sócio-fundador e gestor de ações da Genoa Capital, no primeiro episódio de 2022 do Clube, o videocast da EXAME Invest com os principais gestores e profissionais do mercado de capitais brasileiro.

O gestor foi recebido por Daniel Cunha, da área de Sales do BTG Pactual (BPAC11), e Thiago Faganello, head de Equity Sales do BTG Pactual.

Ribeiro começou a carreira no mercado no BBM em 2008, como analista de ações, foi sócio e gestor de ações nos fundos multimercados da SPX Capital e, mais recentemente, gestor de renda variável na Itaú Asset Management.

O gestor contou que um dos temas que recebem maior atenção na Genoa é o da transição energética. Ele citou mudanças esperadas para os próximos 20 a 30 anos de maneira mais disseminada, da eletrificação dos carros à geração distribuída nas residências, passando pela redução do peso de usinas movidas a carvão, entre outros pontos.

"Vemos dois ganhadores: empresas bem posicionadas em energia renovável, que têm tecnologia, o ativo, o P&D [pesquisa & desenvolvimento], a inteligência; e tem o ganhador da old economy, que é o petróleo."

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Ao tratar especificamente do segundo grupo de ganhadores, o gestor destacou a redução dos investimentos na produção de petróleo da parte de empresas, citando a própria Petrobras (PETR3, PETR4) como exemplo. Nesse cenário em que o shale gas americano também deixa de exercer o seu efeito no mercado como na última década, a Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo) volta a ser a entidade que define preços no mundo.

"Você é a Opep e o seu grande ativo é o petróleo. E o mundo inteiro quer acabar com esse ativo. Você vai aproveitar para ter o maior retorno nos próximos 20 a 30 anos. A Opep vai trabalhar para maximizar o retorno dela no período. Não descartamos o cenário em que o petróleo vai para 100 dólares [o barril] nos próximos anos", afirmou.

Para completar o quadro, ele destacou que as projeções não indicam queda da demanda nos próximos anos, pelo contrário.

Como a leitura desse cenário se coloca na escolha de ações de empresas do setor?

"Quando olhamos para o valuation das empresas, dá vontade de comprar tudo. Está quase tudo muito barato. Mesmo com o petróleo a 65 dólares [atualmente o preço do barril está em torno de 85 dólares] continua barato. No Brasil, Petrobras e PetroRio (PRIO3) são as empresas de que mais gostamos", contou o gestor da Genoa.

Ele apontou que a Petrobras vale a compra mesmo sendo uma estatal em ano eleitoral e que "a PetroRio está muito barata e tem a melhor execução do setor de óleo & gás. Ela tem uma oportunidade de alocação de capital incrível comprando ativos da Petrobras, tem uma expertise de gerar muito valor com essa compra".

Cenário macro sobre a bolsa

Otimista com o setor de óleo & gás, Ribeiro não demonstrou a mesma percepção sobre a bolsa de maneira ampla.

"Quando olhamos para bolsa, tem ações que estão muito baratas, mas achamos que ainda tem ajuste de portfólio para acontecer", disse Ribeiro.

"No cenário mais otimista, teremos um crescimento pífio neste ano. Para a bolsa, é um cenário muito ruim, ainda mais com o país vindo de uma inflação grande. As empresas precisam repassar preço para recompor margens e, com o aumento de juro, a despesa financeira sobe, o que é outro motivo para contração", apontou.

"Hoje vemos empresas muito boas emitindo a 15%, 16% ao ano, o que é uma competição forte com a bolsa. Tem um pouco desse movimento de renda fixa que foi para a bolsa e agora volta e gostamos porque nos dá oportunidade de comprar boas empresas a preços bons", destacou o gestor sobre o momento atual do mercado.

No episódio, Ribeiro comentou ainda sobre a tese de investimento no Nubank e em fintechs e muito mais.

Assista ao Clube com Wlad Ribeiro, da Genoa Capital:

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