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Clube recebe Fabiano Custódio, da Miles: há oportunidades em ano eleitoral

Sócio-fundador da Miles Capital comenta sobre o IPO do Nubank e a visão otimista da Embraer (EMBR3) no mais novo episódio do videocast da EXAME Invest com gestores

Fabiano Custódio (à esq.), da Miles Capital, conversa com Daniel Cunha e Bruno Lima, do BTG Pactual e do BTG Pactual digital, respectivamente, no videocast Clube | Foto: EXAME/Reprodução (EXAME/Reprodução)

Fabiano Custódio (à esq.), da Miles Capital, conversa com Daniel Cunha e Bruno Lima, do BTG Pactual e do BTG Pactual digital, respectivamente, no videocast Clube | Foto: EXAME/Reprodução (EXAME/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2021 às 13h54.

Última atualização em 5 de novembro de 2021 às 14h06.

A menos de um ano de eleições presidenciais e estaduais, é hora de fugir de ações de estatais, que costumam ser alvo de políticas e promessas populistas e ingerência do governo da vez, certo? Nem sempre essa decisão é a mais acertada para quem está de olho em oportunidades.

"O ano que vem é ano de eleição e sempre tem exagero nesse asset class de estatal", disse Fabiano Custódio, sócio-fundador da gestora Miles Capital, no mais novo episódio do Clube, o videocast da EXAME Invest.

Custódio conversou com Daniel Cunha, da área de Sales do BTG Pactual, e Bruno Lima, Head de Equity Research do BTG Pactual digital, que são os apresentadores do programa semanal com gestores do mercado.

Custódio falou com conhecimento — e retornos muito acima do benchmark — de causa. Em 2018, o gestor chegou a ter um terço de seu fundo long alocado em ações de estatais e obteve retorno com isso. Ele investiu em ações de estatais de Minas Gerais e se beneficiou da valorização com a ascensão da candidatura de Romeu Zema, do Partido Novo; investiu também na Sabesp, que igualmente teve alta nas cotações com a expectativa de privatização em São Paulo.

O fundo long bias da Miles encerrou o ano de 2018 com retorno próximo de 35%, enquanto o Ibovespa subiu 15%.

"Vou operar formação de expectativas, mas nem sempre ficando no longo prazo porque as condições mudam", disse Custódio no programa, lembrando que os planos de privatização nem sempre vão adiante.

Profissional com ampla experiência atuando no sell-side e na Tesouraria no Credit Suisse e de gestão em fundos long short e long only no Itaú, Custódio montou em 2017 sua própria gestora, a Miles Capital.

Com amplo conhecimento do setor elétrico, Custódio se notabilizou também em 2018 ao comprar ações da então Eletropaulo a cerca de 14 reais em março de 2018, antes da renegociação de uma dívida que destravou valor para o papel. Dois meses depois, a Eletropaulo foi vendida pela americana AES para a italiana Enel e a ação passou a 45 reais.

"Foi ali que eu senti que a Miles daria certo, eu estava sob pressão muito grande", relembrou Custódio sobre o primeiro ano da nova gestora, que buscava superar a "rebentação" típica enfrentada por novas casas.

Custódio também comentou no episódio do Clube sobre o IPO do Nubank, sua visão otimista com a Embraer (EMBR3), outra nem tanto assim com a Sabesp (SBSP3) e muito mais.

Conheça o Clube

O que pensam os melhores gestores do país? Quais as suas teses de investimento e a visão sobre os principais desafios e onde estão as melhores oportunidades? E qual sua trajetória até chegar aonde estão hoje? Essas respostas e muito mais serão conhecidas pelos investidores no Clube, o novo videocast da EXAME Invest.

A cada semana, o programa trará um ou mais convidados para promover discussões sobre o mercado em um ambiente democrático e de maneira descontraída, com liberdade dos participantes para transitar em outros temas que não apenas investimentos.

Assista ao episódio do Clube com Fabiano Custódio, da Miles Capital:

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