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Chefe da Bloomberg diz que acesso a dados é imperdoável

O Goldman sinalizou o assunto à Bloomberg depois que o banco descobriu que jornalistas tinham acesso a mais informações do que tinha conhecimento

Winkler disse que "nunca comprometemos a integridade destes dados em nossa reportagem" e disse que os jornalistas da Bloomberg estão sujeitos a padrões dentre os mais rígidos do mercado (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2013 às 19h20.

São Paulo - O editor-chefe da Bloomberg News, Matthew Winkler, pediu desculpas nesta segunda-feira por permitir o acesso "limitado" de jornalistas a dados delicados sobre como os clientes utilizavam os terminais da Bloomberg, dizendo que era "imperdoável", mas que os dados importantes dos clientes sempre foram protegidos.

Sua declaração veio conforme o Banco Central Europeu afirmou que estava em "contato próximo com a Bloomberg" sobre eventuais violações da confidencialidade do uso de dados.

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O Federal Reserve dos EUA disse que estava examinando se poderia ter ocorrido vazamento de informações confidenciais. Uma fonte informada sobre a situação disse que o Departamento do Tesouro também estava analisando a questão.

A prática de dar a jornalistas acesso a alguns dados considerados proprietários - incluindo quando um cliente olhou categorias gerais, como ações ou títulos - veio à tona na imprensa na semana passada. Em resposta, a empresa matriz, Bloomberg LP, disse que havia restringido o acesso no mês passado, após o Goldman Sachs reclamar.

Winkler, em um editorial publicado no Bloomberg.com, disse: "Nossos repórteres não devem ter acesso a todos os dados considerados proprietários. Sinto muito que eles fizeram. O erro é imperdoável..."

O Goldman sinalizou o assunto à Bloomberg depois que o banco descobriu que jornalistas tinham acesso a mais informações do que tinha conhecimento, e argumentou que as informação eram delicadas e não deviam ser vistas pelos jornalistas.

"Conforme a privacidade dos dados tornou-se uma preocupação central para os nossos clientes, devemos ir além na proteção de dados, especialmente quando temos até mesmo a aparência de impropriedade", escreveu Winkler. "E é por isso que fizemos essas mudanças recentes do que os repórteres podem acessar".

Winkler enfatizou que "nunca comprometemos a integridade destes dados em nossa reportagem" e disse que os jornalistas da Bloomberg estão sujeitos a padrões dentre os mais rígidos do mercado.

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