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Câmbio não é fator de competitividade, diz presidente da AEB

"O câmbio é fator de conversibilidade, não de competitividade. Quando o câmbio é usado como fator de competitividade, é porque alguma coisa está errada", disse

Levantamento feito pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, mostrou que o real foi a moeda que mais perdeu valor em todo o mundo em 2015 (Bay Ismoyo/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2015 às 16h59.

São Paulo - O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, afirmou nesta terça-feira, 28, que a desvalorização do real não pode ser vista como um fator que melhorará a competitividade dos produtos brasileiros.

"O câmbio é fator de conversibilidade, não é de competitividade. Quando o câmbio é usado como fator de competitividade, é porque alguma coisa está errada", afirmou, durante debate promovido pela entidade com o tema "O Plano Nacional de Exportações e a nova agenda comercial brasileira", na capital paulista.

Levantamento feito pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, mostrou que o real foi a moeda que mais perdeu valor em todo o mundo em 2015.

Os ajustes promovidos pelo governo, tanto na área fiscal quanto no câmbio, somaram-se à crise política em Brasília, à queda internacional das commodities e à perspectiva de alta de juros nos EUA.

O resultado foi um cenário explosivo para o câmbio, com o dólar subindo 22,59% ante o real este ano até hoje, já considerando o rebaixamento pela Standard & Poor's (S&P) da perspectiva da nota de crédito do País.

Castro comentou ainda os temores de desaceleração na China, que derrubaram as bolsas de valores ontem, e disse que a "possível crise da China" vai tornar o comércio internacional mais competitivo. "A China mais do que nunca vai exportar. Vamos enfrentar concorrentes mais fortes", afirmou.

Segundo o presidente da AEB, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, tem demonstrado "apego ao comércio exterior" e o Plano Nacional de Exportação está criando uma base para o futuro.

"O plano é uma base, não podemos mudar do dia para a noite", afirmou. "O plano é algo estrutural, para o futuro", completou, destacando que a exportação de manufaturados em 2015 será menor que a registrada em 2006.

"A projeção é de que a exportação de manufaturados some US$ 73 bilhões. Em 2006, foi de US$ 76 bilhões. Temos nove anos de atraso que temos que tirar", afirmou.

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São Paulo - O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, afirmou nesta terça-feira, 28, que a desvalorização do real não pode ser vista como um fator que melhorará a competitividade dos produtos brasileiros.

"O câmbio é fator de conversibilidade, não é de competitividade. Quando o câmbio é usado como fator de competitividade, é porque alguma coisa está errada", afirmou, durante debate promovido pela entidade com o tema "O Plano Nacional de Exportações e a nova agenda comercial brasileira", na capital paulista.

Levantamento feito pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, mostrou que o real foi a moeda que mais perdeu valor em todo o mundo em 2015.

Os ajustes promovidos pelo governo, tanto na área fiscal quanto no câmbio, somaram-se à crise política em Brasília, à queda internacional das commodities e à perspectiva de alta de juros nos EUA.

O resultado foi um cenário explosivo para o câmbio, com o dólar subindo 22,59% ante o real este ano até hoje, já considerando o rebaixamento pela Standard & Poor's (S&P) da perspectiva da nota de crédito do País.

Castro comentou ainda os temores de desaceleração na China, que derrubaram as bolsas de valores ontem, e disse que a "possível crise da China" vai tornar o comércio internacional mais competitivo. "A China mais do que nunca vai exportar. Vamos enfrentar concorrentes mais fortes", afirmou.

Segundo o presidente da AEB, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, tem demonstrado "apego ao comércio exterior" e o Plano Nacional de Exportação está criando uma base para o futuro.

"O plano é uma base, não podemos mudar do dia para a noite", afirmou. "O plano é algo estrutural, para o futuro", completou, destacando que a exportação de manufaturados em 2015 será menor que a registrada em 2006.

"A projeção é de que a exportação de manufaturados some US$ 73 bilhões. Em 2006, foi de US$ 76 bilhões. Temos nove anos de atraso que temos que tirar", afirmou.

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