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Burger King faz o décimo IPO no Brasil de 2017

ÀS SETE - Rede especializada em hambúrgueres precificou sua oferta inicial de ações em 18 reais, no topo da faixa indicativa de 14,50 a 18 reais

Burger King: rede de restaurantes receberá cerca de 886 milhões de reais com a venda das novas ações (Germano Lüders/Exame)

Burger King: rede de restaurantes receberá cerca de 886 milhões de reais com a venda das novas ações (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2017 às 07h09.

Última atualização em 18 de dezembro de 2017 às 07h22.

A rede fast-food Burger King Brasil faz nesta segunda-feira a décima abertura de capital em 2017 no Brasil, consolidando este como o melhor ano para IPOs desde 2013.

A rede especializada em hambúrgueres precificou sua oferta inicial de ações em 18 reais, no topo da faixa indicativa de 14,50 a 18 reais.

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O IPO atraiu uma demanda quase quatro vezes superior à oferta. Isso permitiu aos bancos que coordenam a emissão aumentar em 15% o tamanho original da operação, de 106,5 milhões de ações para 122,5 milhões.

A rede de restaurantes receberá cerca de 886 milhões de reais com a venda das novas ações, enquanto o total levantado ficará em 2,2 bilhões de reais.

Uma oferta bem sucedida do Burger King deve apagar o pessimismo com que terminou a semana passada, com um IPO cancelado, da Neoenergia, e outro no piso da faixa, da BR Distribuidora. Uma dúvida é como será o desempenho das ações da companhia nos próximos meses.

As novatas não têm tido um bom ano na bolsa, apesar do grande número de ofertas iniciais: acumulam alta de 10,6% em 2017, 10 pontos abaixo do índice Ibovespa, que acumula alta de 20%. No total, o volume das ofertas no ano foi de 37,6 bilhões de reais – o maior visto na bolsa desde 2010.

A rede, que até 2011 era uma desconhecida de metade dos brasileiros, cresceu mais de cinco vezes desde então, para 628 restaurantes.

Mas a companhia está longe de ser uma unanimidade entre analistas. Eles se queixam da falta de clareza nos valores apresentados.

Criticam, por exemplo, que a geração de caixa (medida pelo Ebitda) exclua gastos com a abertura de lojas antes de serem inauguradas, mas inclua o crescimento das lojas logo após a inauguração.

Outra dúvida é sobre o modelo de negócios, sem grandes inovações em relação ao já oferecido no país. A aventura do Burger King na bolsa começa nesta segunda-feira.

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