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BTG Pactual estuda fazer o terceiro follow-on em menos de um ano

De acordo com fato relevante, oferta de ações deve ter volume semelhante ao de anteriores; com base na valorização recente dos papéis, banco pode levantar mais de R$ 4 bilhões

Sede do BTG Pactual em São Paulo | Foto: Leandro Fonseca/EXAME (Leandro Fonseca/Exame)

Sede do BTG Pactual em São Paulo | Foto: Leandro Fonseca/EXAME (Leandro Fonseca/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 26 de maio de 2021 às 08h35.

O BTG Pactual (BPAC11) informou ao mercado por meio de fato relevante divulgado nesta manhã de quarta-feira, 26, que avalia fazer uma nova oferta pública de units.

O plano do banco é que a oferta subsequente (follow-on, em inglês) seja de esforços restritos -- ou seja, destinada exclusivamente a investidores profissionais -- e "em volume, estrutura e condições similares aos de suas captações realizadas nos últimos anos".

Segundo o BTG (do mesmo grupo controlador da EXAME), a realização da oferta ainda depende das condições de mercado e de aprovações societárias.

Caso o follow-on seja confirmado, será o terceiro realizado pelo banco de investimentos em menos de um ano. A soma dos recursos levantados pelo BTG Pactual em suas últimas duas ofertas supera 5 bilhões de reais.

Em sua última oferta, realizada em janeiro deste ano, o BTG levantou 2,57 bilhões de reais, com a distribuição de 27.777.778 units, sendo cada uma delas formada por uma ação ordinária e duas preferenciais. 

Caso o volume da oferta seja igual ao da anterior, o banco pode levantar até 3,4 bilhões de reais, considerando a valorização de seus papéis desde janeiro. A alta acumulada é de 29,59%. Em um ano, as ações subiram 139,36%.

Mas se a oferta for do mesmo tamanho da feita em junho de 2020 (que captou 2,65 bilhões de reais), o montante poderá será ainda maior, ultrapassando os 4 bilhões de reais. Isso porque na ocasião o banco colocou à venda 35.625.000 units.

A sequência de ofertas de ações tem permitido ao BTG recursos para executar um plano acelerado de aquisições e expansão de atendimento a investidores do varejo, por meio do BTG Pactual digital.

Entre suas últimas compras estão as corretoras Fator e Necton Investimentos. O banco também adquiriu participação relevante nas gestoras Kawa Capital e Âmago e na fintech Kinvo.

Em outra frente de expansão relacionada ao BTG digital, o banco tem se tornado sócio de alguns dos maiores escritórios de agentes autônomos do país, em um modelo em que estes montam estruturas para se tornarem corretoras. É o caso da EQI Investimentos e, mais recentemente, da Acqua-Vero Investimentos.

No mês passado, o BTG também adquiriu a fatia do Banco Pan (BPAN4) que estava em poder da Caixa por 3,7 bilhões, o que o tornou acionista integral da instituição.

A gestora Vitreo e a casa de análise Empiricus também podem ser incorporadas à holding do BTG na compra do grupo Universa. Segundo documento enviado à CVM, a transação está sendo negociada "em bases exclusivas". Segundo o banco, a aquisição seria "complementar à atual estratégia de expandir ainda mais suas receitas e capacidade de distribuição."

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