Brix avança para câmara de compensação e BBCE busca sócios
Enquanto a Brix quer implementar uma câmara de compensação, que deve aumentar liquidez, o BBCE pretende dobrar acessantes da plataforma, assim como obter novos sócios
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 10h33.
São Paulo - As plataformas de negociação de energia do país esperam que a liquidez no mercado diminua no curto prazo diante dos altos preços de eletricidade, resultado do baixo nível do reservatórios das hidrelétricas, mas seguem adiante com seus projetos.
A Brix --plataforma de negociação que tem entre os sócios a ICE Intercontinental Exchange e o empresário Eike Batista, em operação desde julho de 2011-- está se preparando para implantar uma câmara de compensação (clearing house).
"A fase três, para lançamento da câmara de compensação, começou a andar muito rápido. Surgiram oportunidades que não prevíamos anteriormente e seguramos a fase dois para que a fase três pudesse andar simultaneamente", disse o presidente da Brix, Marcelo Mello, à Reuters.
Ele explicou que a criação de contratos futuros de energia com liquidação financeira, prevista na fase dois da Brix, continua em andamento, em negociação com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O executivo não quis dar estimativa de quando pretende implementar as etapas --nas quais já trabalha desde o ano passado--, mas ainda considera que a Brix poderá chegar à ser uma bolsa mais rápido que o previsto inicialmente, de em até cinco anos de operação.
Já o Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia Elétrica (BBCE), controlado por 13 sócios do setor de comercialização de energia que opera desde março do ano passado, quer dobrar o número de acessantes da plataforma e busca sócios fora do setor elétrico.
"A estratégia de novo reposicionamento é de, como posso ter mais cotas para colocar no mercado, não vou me limitar só ao setor elétrico.... Entendemos que é importante a abertura do mercado elétrico para um leque maior de interessados", disse o presidente Victor Kodja, ao mencionar que vê bancos e setor financeiro como potenciais novos sócios.
Kodja iniciou o trabalho de reestruturação estratégica da plataforma BBCE, que inclui a abertura para sócios fora do setor elétrico. Além disso, ele pretende aumentar o número de agentes acessantes da plataforma de 62 para cerca de 120 até o fim de 2013.
A Brix já tem mais de 160 empresas acessantes.
"A concorrência é salutar, nos força a movimentar cada vez mais rápido e forte", disse Kodja.
LIQUIDEZ
O Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), que serve de base para os contratos de energia no curto prazo, está acima dos 550 reais por megawatt-hora (MWh), em um reflexo do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas atualmente.
Em um primeiro momento, isso reduz a liquidez no mercado de negociação de energia de curto prazo, mas não chega a afetar os planos das plataformas de energia.
"O mercado deu uma parada... Mas mesmo que ocorra um cenário difícil de PLD alto (no ano), estamos muito contentes com o desenvolvimento da Brix. ... Vamos colocar a clearing house, isso é rápido", disse Mello.
Segundo ele, a câmara de compensação ajudará a mitigar riscos, colaborando para aumentar a liquidez.
Mello ainda citou que a liquidez tende a aumentar quando for regulamentada a permissão para que os consumidores livres de energia possam comercializar os excedentes --o que já está previsto no texto da Medida Provisória 579, sobre a renovação antecipada e condicionada das concessões do setor elétrico.
O executivo da BBCE acrescentou que apesar do cenário de PLD alto, não considera que a competitividade e o tamanho do mercado livre --cerca de 27 por cento do total-- serão comprometidos.
"É um ano de cautela, porque estamos começando com um preço de curto prazo elevado, o que leva à diminuição do crédito e da liquidez... Mas para contratos de médio e longo prazo, o volume deve ficar interessante, porque a competitividade do mercado livre deve permanecer", disse Kodja.
São Paulo - As plataformas de negociação de energia do país esperam que a liquidez no mercado diminua no curto prazo diante dos altos preços de eletricidade, resultado do baixo nível do reservatórios das hidrelétricas, mas seguem adiante com seus projetos.
A Brix --plataforma de negociação que tem entre os sócios a ICE Intercontinental Exchange e o empresário Eike Batista, em operação desde julho de 2011-- está se preparando para implantar uma câmara de compensação (clearing house).
"A fase três, para lançamento da câmara de compensação, começou a andar muito rápido. Surgiram oportunidades que não prevíamos anteriormente e seguramos a fase dois para que a fase três pudesse andar simultaneamente", disse o presidente da Brix, Marcelo Mello, à Reuters.
Ele explicou que a criação de contratos futuros de energia com liquidação financeira, prevista na fase dois da Brix, continua em andamento, em negociação com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O executivo não quis dar estimativa de quando pretende implementar as etapas --nas quais já trabalha desde o ano passado--, mas ainda considera que a Brix poderá chegar à ser uma bolsa mais rápido que o previsto inicialmente, de em até cinco anos de operação.
Já o Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia Elétrica (BBCE), controlado por 13 sócios do setor de comercialização de energia que opera desde março do ano passado, quer dobrar o número de acessantes da plataforma e busca sócios fora do setor elétrico.
"A estratégia de novo reposicionamento é de, como posso ter mais cotas para colocar no mercado, não vou me limitar só ao setor elétrico.... Entendemos que é importante a abertura do mercado elétrico para um leque maior de interessados", disse o presidente Victor Kodja, ao mencionar que vê bancos e setor financeiro como potenciais novos sócios.
Kodja iniciou o trabalho de reestruturação estratégica da plataforma BBCE, que inclui a abertura para sócios fora do setor elétrico. Além disso, ele pretende aumentar o número de agentes acessantes da plataforma de 62 para cerca de 120 até o fim de 2013.
A Brix já tem mais de 160 empresas acessantes.
"A concorrência é salutar, nos força a movimentar cada vez mais rápido e forte", disse Kodja.
LIQUIDEZ
O Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), que serve de base para os contratos de energia no curto prazo, está acima dos 550 reais por megawatt-hora (MWh), em um reflexo do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas atualmente.
Em um primeiro momento, isso reduz a liquidez no mercado de negociação de energia de curto prazo, mas não chega a afetar os planos das plataformas de energia.
"O mercado deu uma parada... Mas mesmo que ocorra um cenário difícil de PLD alto (no ano), estamos muito contentes com o desenvolvimento da Brix. ... Vamos colocar a clearing house, isso é rápido", disse Mello.
Segundo ele, a câmara de compensação ajudará a mitigar riscos, colaborando para aumentar a liquidez.
Mello ainda citou que a liquidez tende a aumentar quando for regulamentada a permissão para que os consumidores livres de energia possam comercializar os excedentes --o que já está previsto no texto da Medida Provisória 579, sobre a renovação antecipada e condicionada das concessões do setor elétrico.
O executivo da BBCE acrescentou que apesar do cenário de PLD alto, não considera que a competitividade e o tamanho do mercado livre --cerca de 27 por cento do total-- serão comprometidos.
"É um ano de cautela, porque estamos começando com um preço de curto prazo elevado, o que leva à diminuição do crédito e da liquidez... Mas para contratos de médio e longo prazo, o volume deve ficar interessante, porque a competitividade do mercado livre deve permanecer", disse Kodja.