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Bradesco lucra 4,6 bi; Bolsa: -0,29%…

Bradesco anima mercado As ações preferenciais do Bradesco subiram 3% e as ordinárias tiveram alta de 2,7% — figurando entre as maiores altas do dia. Na manhã desta quinta-feira, o banco apresentou um lucro de 4,64 bilhões de reais no primeiro trimestre — alta de 13% em relação ao mesmo período de 2016. Em comparação […]

BRADESCO:  banco apresentou alta de 13% no lucro do primeiro trimestre  / Omar Paixão

BRADESCO: banco apresentou alta de 13% no lucro do primeiro trimestre / Omar Paixão

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2017 às 18h55.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h20.

Bradesco anima mercado

As ações preferenciais do Bradesco subiram 3% e as ordinárias tiveram alta de 2,7% — figurando entre as maiores altas do dia. Na manhã desta quinta-feira, o banco apresentou um lucro de 4,64 bilhões de reais no primeiro trimestre — alta de 13% em relação ao mesmo período de 2016. Em comparação com o quatro trimestre de 2016, a alta foi de 6%. A alta do lucro foi atribuída à redução dos valores de provisões para perdas com calotes e também ao corte de custos administrativos. A inadimplência total do banco subiu para 5,6% no primeiro trimestre, ante 5,5% dos últimos três meses de 2016. Em teleconferência de resultados, o banco afirmou que a inadimplência deve apresentar um recuo ao longo deste ano e a demanda por crédito deve mostrar recuperação no segundo semestre.

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Vale: dia de queda

As ações da mineradora Vale chegaram a subir mais de 1% no início do dia, mas os papéis preferenciais tiveram queda de 4%; e os ordinários, de 3,2%. O recuo foi atribuído a um maior temor em relação ao preço do minério de ferro. Na manhã desta quinta-feira, a Vale apresentou um lucro de 7,89 bilhões de reais entre janeiro e março — o melhor resultado desde o terceiro trimestre de 2013. O valor representa uma alta de 25% ante o mesmo período do ano passado. A produção maior do minério ajudou na melhora, apesar do impacto negativo do menor volume de vendas. A receita somou 26,74 bilhões de reais, uma alta de 30% na comparação anual. A dívida da companhia caiu dos 25 bilhões de dólares, no fim de 2016, para 22,8 bilhões de dólares.

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Via Varejo surpreende

As ações da Via Varejo, que reúne o comércio da Casas Bahia e do Ponto Frio, tiveram alta de 1,52%. A companhia lucrou 97 milhões de reais de janeiro a março, ante o lucro de 9 milhões no mesmo período de 2016. O que mais chamou a atenção nos resultados da companhia foi o desempenho das operações online (antiga Cnova Brasil), que passaram a integrar o grupo Via Varejo em meados do ano passado. A operação sempre foi deficitária e era tida como uma grande dor de cabeça para a empresa. No balanço divulgado, a Via Varejo informou o “breakeven de rentabilidade para o online”, que, segundo a empresa, foi resultado da “bem-sucedida integração” com as lojas físicas. A companhia ampliou o formato “click & collect” para 975 lojas, por meio do qual o cliente pode comprar pela internet e retirar na loja.

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Bolsa: -0,29%

O dia foi novamente de perdas para o Ibovespa, que recuou 0,29%, em meio ao clima de cautela com o cenário político e com as reformas econômicas. O dia também foi pautado pela divulgação de balanços. O maior destaque de alta ficou com os papéis da locadora de veículos Localiza, que subiram 4,2%. Na noite de quarta-feira, a empresa divulgou lucro recorde de 120,3 milhões de reais — uma alta de 16,8% na comparação anual. Em dia de queda no preço do petróleo, as ações ordinárias da Petrobras caíram 1,7%; e as preferenciais, 2%.

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Natura desaponta

Já as ações da fabricante de cosméticos Natura caíram 3,2% após o resultado decepcionante divulgado na noite de quarta-feira. A empresa teve um lucro de 189 milhões de reais no primeiro trimestre, ante o prejuízo de 69,1 milhões nos primeiros três meses de 2016. Os resultados, entretanto, foram impactados por efeitos não recorrentes, com destaque para a reversão de provisão de PIS e Cofins. Descontados esses efeitos, a margem operacional recuou de 12,8%, no primeiro trimestre de 2016, para 12,1%. A receita da companhia avançou 2,3%, para 1,73 milhão de reais.

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Contas aumentam

As contas do governo federal tiveram déficit primário de 11 bilhões de reais em março — o maior para o mês em 21 anos. O valor também representa um crescimento real (descontada a inflação) de 34% em comparação com resultado do ano passado. No primeiro trimestre, o rombo foi de 18,29 bilhões de reais, queda de 2,9% em comparação com o mesmo período do ano passado. A Previdência teve um resultado negativo de 40 bilhões de reais no trimestre — 31% superior ao déficit do mesmo período de 2016.

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