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BR Properties quer reduzir capital e devolver mais de 25% do preço da ação aos acionistas

Companhia diz não ver oportunidades no mercado e afirma que excesso de caixa por venda bilionária pode ser melhor rentabilizado fora da empresa

Entrada de uma das torres corporativas do Parque da Cidade, na zona sul de São Paulo. Edifício está entre os vendidos em megaoperação de R$ 6 bilhões | Foto: Divulgação (Siila/Divulgação)

Entrada de uma das torres corporativas do Parque da Cidade, na zona sul de São Paulo. Edifício está entre os vendidos em megaoperação de R$ 6 bilhões | Foto: Divulgação (Siila/Divulgação)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 7 de julho de 2022 às 09h25.

Última atualização em 7 de julho de 2022 às 11h11.

A BR Properties (BRPR3) pretende realizar uma redução de capital de R$ 1,125 bilhão por considerá-lo "excessivo". A proposta prevê restituição aos acionistas de R$ 2,423 por ação, o equivalente a 27,7% da cotação do último fechamento. A operação deve ir a votação em Assembleia Geral Extraordinária prevista para o próximo dia 28.

A proposta de redução de capital ocorre como consequência da venda de mais de 50% dos ativos da companhia acordada no primeiro semestre com fundos imobiliários da Brookfield. A empresa receberá R$ 5,922 bilhões por 12 edifícios, tendo entre eles o Glória, Manchete, Ventura, Panamérica Green Park e Parque da Cidade. O pagamento será realizado 70% no fechamento da aquisição e o restante em 12 meses.

A decisão pela venda dos imóveis, de acordo com a BR Properties, considerou o desconto de 40% do preço das ações em relação ao valor líquido dos ativos da companhia. Ou seja, a companhia estava valendo menos do que a soma do valor de seus ativos, já considerando o pagamento da dívida.

O fechamento da operação e o pagamento da primeira parcela, previstos para o fim deste mês, é uma condicionante para o plano de redução de capital, segundo a BR Properties.

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A decisão de devolver o dinheiro aos acionistas em vez de reinvestí-lo leva em consideração o momento de poucas oportunidades de aquisição, disse a BR Properties. "Desde a data da assinatura dos CCVs [contratos de compra e venda], os cenários local e estrangeiro se deterioram de forma contínua."

"[Por] não vislumbrando novos investimentos no curto prazo que possam gerar retornos atraentes (...), a companhia entende que uma vez concluídas as operações, o capital social da companhia se tornará excessivo, sendo necessário readequar a sua estrutura de capital, de modo que o caixa em excesso possa ser melhor rentabilizado por cada um de seus acionistas", afirmou a BR Properties.

O dinheiro arrecadado também será utilizado para amortizar todas as emissões de dívida, tornando sua posição de dívida líquida em caixa líquido.

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