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Bovespa sobe com bom humor externo e Petrobras

Por Sueli Campo São Paulo - A semana começou bem para a Bovespa. Após ter vacilado pela manhã, quando registrou baixa de 0,12%, a Bolsa renovou as máximas à tarde e fechou em alta de 1,64%, aos 68.190,46 pontos, em estreita sintonia com as bolsas no exterior, mostrando o mercado mais propenso a assumir risco. […]

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2010 às 14h50.

Por Sueli Campo

São Paulo - A semana começou bem para a Bovespa. Após ter vacilado pela manhã, quando registrou baixa de 0,12%, a Bolsa renovou as máximas à tarde e fechou em alta de 1,64%, aos 68.190,46 pontos, em estreita sintonia com as bolsas no exterior, mostrando o mercado mais propenso a assumir risco. Nos EUA, as bolsas registraram altas fortes: o índice Dow Jones +1,37%; o S&P +1,52% e o Nasdaq +1,74%, comportamento similar ao registrado também no mercado acionário europeu.

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Os investidores ganharam confiança hoje após a declaração do Birô Nacional de Pesquisa Econômica (NBER, na sigla em inglês) dos EUA de que a recessão iniciada em dezembro de 2007 terminou em junho de 2009. "Ao determinar que (a recessão) chegou ao fim em junho de 2009, o comitê não concluiu que as condições econômicas desde aquele mês tenham sido favoráveis nem que a economia tenha retornado a operar com capacidade normal", diz o comunicado do NBER em seu site. As Bolsas de Nova York aceleraram os ganhos após a declaração do órgão.

A reiteração pela agência de classificação de risco Moody's da perspectiva estável para o rating Aaa do Reino Unido e a desativação definitiva do poço da BP por onde durante meses vazou petróleo no Golfo do México também deram gás às bolsas no exterior. As ações da BP fecharam com alta de 2,06% em Londres, onde a bolsa subiu 1,71%.

Outro motivo para esse otimismo de hoje é a expectativa positiva em relação à reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano) amanhã nos EUA. O mercado espera que o Comitê de Mercado Aberto (Fomc) anuncie medidas de estímulo econômico ou o aumento da recompra de Treasuries (títulos do Tesouro americano) de longo prazo.

Na Bovespa, a alta foi influenciada ainda pela expressiva valorização dos papéis de Petrobras. As preferenciais subiram 2,50% e as ordinárias avançaram 2,02%. As ações da estatal entraram na reta final da oferta pública de ações, cujo preço será definido nesta quinta-feira, dia 23. Os interessados em participar da operação têm até esta quarta-feira para reservar a quantidade de papéis desejada. Na quinta, será definido o preço por ação, com base na demanda efetiva. Essa recuperação dos papéis de Petrobras hoje esteve relacionada ao vencimento de opções sobre ações e, segundo analistas, a um movimento de recompra de papéis para cobertura de posições.

As ações da Vale fecharam no pico. A PNA teve alta de 1,87% e a ON de +2,06%. "A expectativa de um quadro mais favorável à economia global impacta diretamente as empresas exportadoras de commodities, que são as primeiras a reagir", diz um analista. Outro ponto a favor da Vale hoje foram as declarações do ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, de que o governo federal deve encaminhar ainda este ano ao Congresso Nacional o projeto de lei que estabelece o novo marco regulatório do setor de mineração.

O giro financeiro total da Bovespa hoje, de R$ 9,028 bilhões, foi inflado pelo vencimento de opções sobre ações, que movimentou R$ 3,44 bilhões.

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